Espião da Seleção Brasileira cobra R$ 10,9 milhões da CBF na Justiça
O observador técnico teve o vínculo reconhecido de 33 anos trabalhando com a entidade máxima do futebol brasileiro
Manoel Jairo dos Santos, observador técnico da CBF que atuou como “espião” da Seleção Brasileira por 33 anos, está cobrando na Justiça R$ 10,9 milhões da entidade máxima do futebol brasileiro por direitos trabalhistas não honrados. As informações são do colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo.
Em abril, a 6ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho reconheceu o vínculo de emprego entre Jairo dos Santos e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pela atuação como observador dos adversários da Amarelinha de 1977 a 2008. Jairo atuou como “espião” em todas as Copas do Mundo entre 1978 a 2022, além de outras competições.
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A função dele era observar os adversários da Seleção Brasileira e os atletas que poderiam ser convocados para o Brasil no futuro e enviar relatórios à CBF, que seriam repassados ao técnico principal. O observador viajava muito para assistir aos jogos in loco, além de também ver muitas partidas pela televisão.
O profissional integrava a delegação da CBF nas competições internacionais. Ele trabalhou com os técnicos Cláudio Coutinho, Telê Santana, Sebastião Lazaroni, Carlos Alberto Parreira, Zagallo, Vanderlei Luxemburgo, Emerson Leão, Luiz Felipe Scolari (Felipão) e Dunga.
O último salário de Jairo, segundo o próprio, girou em torno de R$ 20 mil, sendo pago mensalmente pela CBF, além de prêmios por títulos e classificações.