FIFA renova regra que permite atletas a suspender contratos com clubes russos
Medida da entidade amplia até 2026 o direito de estrangeiros suspenderem contratos na Rússia e Ucrânia

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A FIFA estendeu até junho de 2026 a regra que permite a jogadores estrangeiros na Rússia e Ucrânia suspenderem seus contratos devido à guerra. Enquanto isso, o Flamengo vendeu Gerson para o Zenit, da Rússia. A transferência levanta questionamentos, já que jogadores podem deixar clubes russos sem custos devido ao conflito. Apesar da proteção da FIFA, Gerson optou por ir para a Rússia, gerando dúvidas sobre as motivações por trás da escolha.
A FIFA oficializou a prorrogação da regra emergencial que permite a atletas estrangeiros atuando em clubes da Rússia e da Ucrânia suspenderem unilateralmente seus contratos devido ao conflito armado entre os dois países. Em vigor desde março de 2022, a medida agora terá validade até 30 de junho de 2026.
Segundo o comunicado da entidade, a extensão visa garantir “clareza jurídica” e evitar “abusos”, oferecendo respaldo aos jogadores em um cenário que permanece instável. Para ativar a cláusula, os atletas devem notificar formalmente os clubes até 1º de agosto de 2025.
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Gerson negociado em meio à renovação da regra
Enquanto isso, o Flamengo confirmou na terça-feira (1/7) a venda do volante Gerson ao Zenit, da Rússia. O clube europeu pagou à vista os 25 milhões de euros da multa rescisória, conforme estipulado no contrato renovado no início deste ano. A transferência bancária foi efetuada no mesmo dia em que o atleta retornou ao Brasil após a eliminação na Copa do Mundo de Clubes.
Gerson e Zenit já estavam alinhados havia cerca de um mês. Nos últimos dias, porém, o Al-Nassr, da Arábia Saudita, tentou atravessar a negociação com proposta mais alta e contato direto do técnico Jorge Jesus, o que fez o jogador balançar. Ainda assim, os russos agiram rapidamente e depositaram o valor total exigido.
Procurada pelo portal LeoDias para comentar a ida de Gerson ao futebol russo diante da extensão da regra da FIFA, a assessoria do jogador optou por não detalhar a situação contratual. “Gerson nem foi ainda. Temos nada a declarar”, afirmou.
Decisão na contramão?
A extensão da medida protetiva da FIFA levanta uma questão inevitável: é viável, neste momento, que um atleta estrangeiro opte por jogar na Rússia, justamente quando a entidade máxima do futebol mundial amplia esforços para protegê-los dessas ligas?
Desde 2022, diversos brasileiros utilizaram essa brecha para sair de clubes da Rússia e da Ucrânia sem custos, como os casos de Vitão, Alan Patrick, Vitinho e Yuri Alberto. Agora, Gerson segue o caminho oposto, assinando com um clube russo em meio à continuidade do conflito.
Até o momento, não há qualquer sinal de que o atleta ou seus representantes considerem rever o acordo, tampouco recorrer à cláusula da FIFA. Mas o cenário reforça a dúvida: em meio a uma guerra e com amparo legal para evitar esses destinos, qual é o real peso esportivo, financeiro ou estratégico de uma escolha como essa?
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