Futebol e Política: relembre dirigentes que marcaram a política brasileira
Nomes como Eurico Miranda e Fernando Collor de Mello figuram entre os representantes
Das Câmaras Municipais até a presidência da República, nomes ligados ao mundo do futebol emergiram como políticos influentes, conquistando espaço entre o público, marcando história, gerando polêmica e levando o futebol ao cotidiano político do Brasil. Relembre algumas dessas histórias e os nomes que marcaram o futebol e a política.
O debate sobre política e futebol é amplo, porém muitos fãs do esporte acham que esses dois mundos não devem se misturar, mas nada se mistura tanto quanto esses campos. Isso acontece até mesmo internamente, em eleições de clubes, como as que estão prestes a acontecer em grandes clubes do Brasil, no Corinthians e Flamengo, que escolherão os próximos presidentes em 2023 e 2024, respectivamente.
Futebol e a presidência da República
Muitos dirigentes usaram o futebol como plataforma para adentrar a política, porém nada supera o ineditismo de Fernando Collor de Mello, presidente da República eleito em 1989, impeachmado em 1992 e presidente do CSA entre 1973 e 1974, quando tinha apenas 24 anos.
Collor foi o único presidente de clube de futebol que chegou à presidência, sendo também o primeiro presidente impeachmado na história da República brasileira. No menos de um ano em que comandou a equipe alagoana, conquistou o campeonato estadual e após uma manobra política, conseguiu disputar uma vaga pelo Alagoas contra o CRB, vencendo a disputa – o CRB vinha de seis anos seguidos representando o estado no Brasileirão -.
Dirigentes e o futebol
Vários outros se aventuraram no campo político, se destacando o estado de Minas Gerais, que compartilha brigas e alianças entre rivais dos campos. Zezé Perrella, ex-presidente do Cruzeiro, é um antigo nome da política mineira, entrando em 1998 e saindo apenas em 2018. Neste tempo, Perrella chegou a fazer aliança com Paulo Cury, presidente do Atlético-MG em 1998, quando o cruzeirense entrou para a política.
Já Alexandre Kalil, presidente do Atlético-MG entre 2008 e 2014, as coisas não foram tão diplomáticas, sendo o rival atleticano um grande rival na política também, já que Kalil era prefeito de Belo Horizonte e Perrella senador.
A lenda de Eurico Miranda
Um grande conhecido do mundo político e no futebol, é Eurico Miranda, multicampeão como presidente do Vasco e que teve uma passagem polêmica como deputado federal, chegando a ser cassado.
Eurico, sempre polêmico, ficou marcado no futebol por frases emblemáticas e polêmicas extracampo, porém, conseguiu reunir grandes times para o Vasco, que renderam os principais títulos da história do clube, como o tetracampeonato brasileiro e a Libertadores.
Já como deputado, Eurico Miranda teve dois mandatos polêmicos, saindo da política de igual forma. Em 2001, o ex-presidente vascaíno foi cassado, acusado de promover evasão de divisas do país e uma operação de câmbio não autorizada. Depois disso, Eurico tentou voltar para a política, mas não conseguiu.
Na mesma época, Miranda foi um dos principais alvos da CPMI do Futebol, quando Senado e Câmara dos Deputados investigaram esquemas ilegais em clubes brasileiros entre os anos 2000 e 2001, sendo o deputado indiciado no relatório final por acusação de corrupção na gestão do Vasco.
A CPMI do Futebol
Conhecida com vários nomes, como CPI da CBF ou CPI da Nike ou simplesmente CPMI do Futebol, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito formada no Congresso Nacional entre Câmara dos Deputados e Senado Federal foi um marco para o futebol brasileiro.
Na época, a ideia surgiu do deputado federal Aldo Rebelo que, posteriormente, seria Ministro dos Esportes. Foram ouvidos dirigentes, jogadores e investigadas várias situações no futebol, como a atuação de dirigentes, transação de jogadores, contratos da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) – principalmente com a fornecedora esportiva Nike – e até mesmo foi levada à discussão se o Brasil teria ou não entregue a Copa de 1998: Ronaldo Fenômeno chegou à ir no Congresso e respondeu perguntas como “Quem deveria marcar Zidane na final da Copa?” e “Por que o Brasil perdeu?”.
Dentre os resultados, o relatório acabou enfrentando uma forte oposição de parlamentares ligados à CBF, gerabdi tumultos que não garantiram a aprovação do documento oficialmente. Posteriormente, no entanto, houve uma divulgação em livro e depois liberado para a imprensa, dando origem a várias investigações e até mesmo indiciamentos, como o de Ricardo Teixeira, presidente da CBF entre 2000 e 2001 – época da CPI -.
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