Jogador do Flamengo alugou casa de Bernardo Bello, alvo de operação da polícia no Rio
O atleta paga R$ 70 mil mensais em espécie pelo aluguel da mansão luxuosa na zona Oeste do Rio. Confira os detalhes!
A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) deflagraram nesta quinta-feira (7/3) a Operação “Ás de Ouro III”, com o objetivo de prender o bicheiro Bernardo Bello e cumprir oito mandados de busca e apreensão em estabelecimentos comerciais e imóveis residenciais do contraventor. Entre os locais investigados pela polícia está uma mansão registrada por Bernardo Bello, mas que atualmente encontra-se alugada pelo volante Erick Pulgar, do Flamengo.
A mansão alugada pelo jogador chileno é conhecida como a “Casa de Vidro”, e fica localizada em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, zona Oeste do Rio de Janeiro. O imóvel tem como marca registrada sua fachada de vidro e espelhos blindados. Para morar no local, por contrato, o atleta desembolsa mensalmente R$ 70 mil em espécie.
De acordo com a TV Globo, alguns pagamentos podem ter sido feitos em espécie a Tamara Garcia, filha de Waldemir Paes Garcia, o Maninho, e ex-mulher de Bernardo Bello, também chamado de “Cara da Casa de Vidro”.
A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) investigam o contrato de aluguel reconhecido em cartório, assinado por Pulgar e Tamara. Os investigadores querem saber por que há exigência de pagamento em dinheiro e se a família tinha permissão para locação. Se o imóvel estiver sequestrado pela Justiça, o jogador pode ter sido enganado. Vale ressaltar, que Erick Pulgar não está sendo investigado, ele sempre pagou os aluguéis, o que está sendo apurado pela polícia é o imóvel.
A polícia também quer esclarecer se Tamara declarou o dinheiro do aluguel à Receita Federal.
Entenda a operação Às de Ouro III
As investigações apontam que uma das empresas envolvidas no esquema movimentou, durante oito meses, em 2021, cerca de R$ 79 milhões. Outras duas teriam movimentado R$ 80 milhões desde 2020. A Polícia Civil pediu, por meio do Gabinete de Recuperação de Ativos (GRA), o sequestro de todos os veículos, embarcações, quotas sociais e imóveis, entre outros, vinculados às empresas envolvidas no esquema de lavagem de dinheiro. Também pediram o bloqueio sobre os saldos das contas e quaisquer bens, direitos e valores dos membros da organização criminosa.
A ação, Operação Às de Ouro III, é um desdobramento das operações Às de Ouro I e II, ocorridas em junho de 2022 e em julho do ano passado, realizadas pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRJ e a Polícia Civil. Foi por meio dessas investigações para elucidar o assassinato do advogado Carlos Daniel Dias, ocorrido em maio de 2022, no bairro do Cafubá, na Região Oceânica de Niterói, que os agentes e promotores descobriram que Bernardo Bello tinha como operador financeiro Allan Diego. No esquema de lavagem de dinheiro de ativos, a polícia também aponta como integrantes do núcleo criminoso o pai e o irmão de Allan Diego: Evaldo de Aguiar e Renan Aguirre Magalhães Aguiar. Os dois foram denunciados pelo MPRJ, mas não houve pedido de prisão contra eles.
Nesta fase, a terceira, o GAECO/MPRJ denunciou o total de 13 pessoas à Justiça pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa. Cinco alvos de mandados de prisão já estavam presos, sendo eles: Allan Diego, Marcelo Magalhães, Isaquiel Fraga, Rodrigo Palomé e Wallace Pereira Mendes. Seguem foragidos Bernardo Bello, Marcelo Sarmento e Diego Netto Braz dos Santos.
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