De acusada a presa pela Interpol: entenda a linha do tempo da queda de Carla Zambelli
Deputada foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e detida em Roma após inclusão na lista vermelha da Interpol

A prisão da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) nesta terça-feira (29/7), em Roma, marca o desfecho de um processo que começou há mais de dois anos, quando a parlamentar passou a ser investigada por envolvimento em ataques ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O portal LeoDias preparou explicação para explicar a linha do tempo da parlamentar, do início do processo até a prisão desta terça-feira, confira:
Em janeiro de 2023, o hacker Walter Delgatti Neto invadiu os sistemas do CNJ e inseriu alvarás de soltura falsos, em um ataque que, segundo as investigações, foi planejado em conjunto com Carla Zambelli. A ação visava desacreditar o Poder Judiciário, levantar suspeitas acerca da efetividade das urnas eletrônicas e tumultuar o funcionamento institucional.
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Em agosto de 2023, durante depoimento à CPMI dos Atos Golpistas, Delgatti afirmou que a invasão foi articulada diretamente com Zambelli, que teria oferecido apoio técnico, político e logístico para que ele executasse os ataques. A delação impulsionou a abertura de um inquérito contra a parlamentar no Supremo Tribunal Federal.
No fim de 2023, o ministro Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou a abertura formal de investigação contra a deputada por crimes como invasão de dispositivo informático, associação criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Em maio de 2024, a Polícia Federal (PF) concluiu o inquérito e confirmou o vínculo entre Zambelli e Delgatti. O relatório apontou que a deputada financiou, orientou e teve papel central no planejamento do ataque cibernético ao CNJ.
Em junho de 2025, o Supremo condenou Carla Zambelli a 10 anos e 8 meses de prisão, além de uma multa de R$ 2 milhões e a perda do mandato parlamentar. A decisão teve relatoria de Moraes, que converteu a prisão de preventiva para definitiva e autorizou o início do processo de extradição. Poucos dias antes da execução da pena, Zambelli deixou o Brasil e foi para a Itália, onde possui dupla cidadania.
Ainda em junho de 2025, o STF solicitou à Interpol a inclusão do nome de Zambelli na lista vermelha, equivalente a um mandado de prisão internacional. A deputada foi oficialmente considerada foragida.
Em 29 de julho de 2025, a deputada foi presa em um apartamento em Roma. A detenção ocorreu com apoio das autoridades italianas e colaboração do deputado europeu Angelo Bonelli, que informou o paradeiro da brasileira. Zambelli agora aguarda decisão da Justiça italiana, que deverá avaliar o pedido de extradição do Brasil nas próximas horas. A defesa de Carla Zambelli ainda não se pronunciou sobre a prisão. Enquanto isso, o STF já comunicou à Câmara dos Deputados a perda do mandato, abrindo caminho para a substituição da parlamentar.
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