Mbappé acusa PSG de vazar suposto estupro antes de reunião de cobrança de dívida
O atacante francês, hoje no Real Madrid, está processando o ex-clube
Um suposto caso de estupro na Suécia, envolvendo Mbappé, surgiu nas redes sociais e, de acordo com o jogador, pessoas dentro do PSG, seu ex-clube, estariam envolvidos no vazamento deste “falso escândalo”. Tudo isso por conta de uma dívida milionária.
Segundo o pedido de Mbappé na Justiça, o clube francês lhe deve 55 milhões de euros (R$ 338 milhões). O vazamento do escândalo aconteceu às vésperas de uma reunião entre o craque e o PSG, nesta terça-feira (15/10).
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O ex-clube de Mbappé se recusou a pagar o valor exigido pelo atleta e agora o staff jurídico de ambos os lados se reúnem com a Liga Francesa de Futebol Profissional (LFP) para debater uma solução para o caso.
“Notícias falsas! Está ficando tão previsível, um dia antes da audiência, como se fosse por acaso”, publicou Mbappé, em seu perfil no X (antigo Twitter).
O falso escândalo
Na segunda-feira (14/10), menos de 24 horas antes da reunião, surgiu em um veículo de imprensa de Estocolmo, na Suécia, a notícia de uma mulher que denunciou ter sido vítima de assédio sexual na noite em que Mbappé e seus amigos estiveram na cidade, em meio a uma folga concedida pelo treinador Carlo Ancelotti, na semana passada.
O Ministério Público da Suécia veio a público para confirmar a existência de uma investigação por estupro em Estocolmo, mas Mbappé não é citado na investigação. Em nota, o MP acrescentou que o ato criminoso teria ocorrido no dia 10 de outubro em um hotel da capital sueca, porém não informou nomes e nem detalhes do caso.
Briga pelos milhões
Os valores pedidos por Mbappé são referentes a um bônus de assinatura de contrato no valor de 36 milhões de euros (R$ 221 milhões) que Mbappé deveria ter recebido em fevereiro. O restante é correspondente a três meses de salário: abril, maio e junho.
Em 2022, quando Mbappé decidiu não renovar o contrato com o PSG, ficando só até o final do vínculo em 2024, chegou a ser feito um acordo entre as partes onde o atacante abriria mão de 55 milhões de euros (R$ 338 milhões). Na época, ele chegou a ficar de fora da pré-temporada em excursão para a Ásia.
De acordo com o “L’Equipe”, o tratado nunca chegou a ser protocolado em um documento assinado entre as duas partes e, por isso, os termos do contrato original são válidos.
Desde então, o imbróglio judicial se arrasta e não é a primeira vez que o staff jurídico de Mbappé busca receber valores referente ao seu contrato no PSG.
Faltando poucos dias para o final do contrato, o jogador notificou o clube francês cobrando um valor que, segundo os portais franceses “L’Équipe” e “Le Parisien”, além da rádio “RMC Sport”, ultrapassaram os 100 milhões de euros (R$ 610 milhões).
A primeira reclamação aconteceu em 8 de agosto, com o jogador procurando a LFP citando o artigo 259 da carta do futebol profissional, que estabelece que “os salários devem ser pagos pelos clubes aos jogadores sob contrato até o último dia de cada mês, no máximo, de acordo com as condições do direito comum.” No dia 13 do mesmo mês, os advogados do francês enviaram uma carta à Federação Francesa, pedindo que informasse à UEFA sobre os acontecimentos.
Segundo a imprensa francesa, Mbappé não pretende abrir mão de nenhum valor referente a seu contrato. Já o “O Globo” revelou que o PSG está negociando com os representantes do atleta e acredita em uma solução rápida.
Caso o clube francês não consiga se resolver com o Mbappé, poderia sofrer punições da Liga de Futebol Profissional Francesa, como a suspensão de inscrição de novos atletas, e até mesmo uma suspensão da “licença UEFA”, ficando de fora das competições europeias.
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