Ministros do STJ vão julgar se Robinho deve cumprir pena por estupro no Brasil
Condenado na Itália por estupro, o ex-jogador passará por julgamento que decidirá o futuro da pena
Vivendo uma vida de cidadão livre, mesmo condenado por estupro na Itália, Robinho pode ter uma reviravolta em sua situação. De acordo com a jornalista Carolina Brígido, ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) devem homologar a sentença para que o ex-jogador cumpra a pena em solo tupiniquim. O julgamento acontecerá no próximo dia 20.
A votação ocorre por conta de um pedido italiano à Justiça brasileira para que o atleta cumprisse a pena no Brasil. Essa é a segunda requisição do país europeu que, em primeiro momento, tentou extraditar Robinho, o que a Constituição Federal não permite.
Mais perto da prisão
A reportagem da jornalista aponta ainda que o pedido deve ter maioria de votos em favor da prisão de Robinho. Isso poderia acontecer por meio de uma ordem direta do STJ, ou por determinação para um juiz de instância expedir o primeiro mandado de prisão.
Um ministro do colegiado, não identificado na reportagem, apontou que o cumprimento da pena no Brasil deve ser votado sem maiores polêmicas, já que o crime cometido pelo ex-jogador é considerado crime no Brasil, a pena aplicada não é superior ao máximo previsto na lei brasileira, sendo aplicado as normas brasileiras de progressão do regime.
Relembre o caso
O crime aconteceu em 2013, quando Robinho atuava no Milan. O jogador, o amigo Ricardo Falco e mais outros quatro brasileiros cometeram violência sexual coletiva contra uma albanesa que estava desacordada, em uma famosa boate de Milão, a Sio Café.
De acordo com a jovem, que na época tinha 23 anos, ela e uma amiga foram até a boate e o estupro aconteceu no camarim do local. Segundo o que apontou o julgamento, escutas instaladas até no carro do ex-jogador confirmam a versão da vítima e por isso houve a condenação. Em um dos áudios, o atleta ressalta que “ela estava completamente bêbada”.
As três juízas responsáveis pelo julgamento destacaram o “particular desprezo” de Robinho com a vítima, que foi “brutalmente humilhada”, e o que consideraram uma tentativa de enganar a Justiça italiana com uma “versão dos fatos falsa e previamente combinada” com os outros envolvidos.
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