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Na “guerra” por direitos de transmissão, Corinthians tem nas mãos o rumo de quase R$ 300 mi

Clube alvinegro está negociando com dois grupos “rivais” nessa luta

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Em todo mundo do futebol, a verba que chega dos direitos de transmissão é o “tesouro” para os principais times do país e, no Brasil, a Globo é a “galinha dos ovos de ouro”. Atualmente, a emissora tem um acordo de R$ 650 mi para encaminhar com um dos blocos econômicos ligado a clubes da Série A e B, porém a assinatura está emperrada, já que o Corinthians ainda não decidiu a que “grupo” se aliar e na batalha que se tornou, o Timão pode decidir o futuro de quase R$ 300 milhões do futebol brasileiro.

Os valores são referentes aos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro e a quantia de mais de R$ 600 milhões seria paga no ato da assinatura, sendo correspondente a 10% dos R$ 6,5 bilhões referentes ao valor total do contrato, que é de cinco anos – 2025 à 2029.

Por que o Corinthians decide o futuro?

Para a resposta dessa pergunta, primeiro é preciso entender a situação atual de negociações. Existem dois grupos opostos formados por clubes das Série A e B que, de certa forma, se tornaram rivais ideológicos: Libra e Forte União.

A Libra foi formada primeiro por iniciativa dos principais clubes do Brasil, principalmente o próprio Corinthians, clube da segunda maior torcida do Brasil, bem como o Flamengo, clube que lidera essa estatística.

A Liga Forte Futebol surgiu como alternativa às ideias dos clubes que comandam a Libra, basicamente por clubes emergentes das primeiras divisões do Brasileirão, que se aliaram a outros clubes de grandes torcidas que, por algum motivo, também não concordaram com a Libra e fundaram outro bloco, o chamado Grupo União. A aliança entre eles formou a Liga Forte União.

Em meio a isso, as principais emissoras e streamings do Brasil buscam negociar com os clubes e, nessa sinuca de bico, o Corinthians é o único que integra a Libra que não decidiu o seu futuro.

Caso o Timão assine, serão adiantados as centenas de milhões, parte do bolo dos bilhões a serem “fatiados” entre todos os clubes da liga nos próximos cinco anos, mas a proposta da Forte União ainda seduz o Timão, porém, os modelos de “distribuição do bolo” podem ser determinantes para evitar uma pulada de muro.

Proposta colchão x Garantia mínima

A Forte União tem uma proposta chamada de “colchão”, onde a XP Investimentos, que representa o bloco, emprestaria R$ 100 milhões ao Corinthians no ato da assinatura e o clube teria uma meta de audiência no campeonato para determinar o valor mínimo a ser repassado, que também é influenciado pelo resultado no campeonato.

Basicamente, explicando em números, se o Timão ficasse em 10º e recebesse R$ 200 milhões, mas não batesse a meta de audiência por algum motivo e o valor total caísse para R$ 150 milhões, a diferença seria abatida no valor inicial do empréstimo.

Já com a Libra, caso o Corinthians não pule o muro, há um valor mínimo pré-estabelecido que abrange a divisão de 40% do “bolo” de R$ 6,5 bilhões do contrato, sendo os outros 60% referentes a resultado e audiência. O Timão negocia a fixação de um valor mínimo com a Forte.
 

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