Orgulho de um continente: times brasileiros brilham em torneio feito para europeus
Mesmo sem chegar a final, Fluminense, Palmeiras, Flamengo e Botafogo orgulharam a América do Sul com feitos históricos no Mundial de Clubes

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Times brasileiros (Botafogo, Flamengo e Fluminense) obtiveram vitórias expressivas no Mundial contra gigantes europeus (PSG, Chelsea e Inter de Milão, respectivamente). Apesar do sucesso inicial, acabaram eliminados, em parte devido à desigualdade financeira que permite a clubes ricos reforçar seus elencos durante o torneio, exemplificada pela compra de João Pedro, cria do Fluminense, pelo adversário. Embora sem o título, os times brasileiros demonstraram grande força e resiliência diante de um sistema injusto, provando que o futebol vai além do dinheiro.
Hoje à tarde, especificamente às 16h, Chelsea e PSG entram em campo para definir o campeão da Copa do Mundo de Clubes de 2025. No entanto, a final do torneio não conta com a presença dos protagonistas desta edição: os clubes brasileiros.
Mesmo sem chegar a final, Fluminense, Palmeiras, Flamengo e Botafogo venceram. Cada um à sua maneira, em seus próprios épicos, com suas camisas encharcadas de alma, seus orçamentos acanhados e seus calendários desumanos. Venceram.
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Quando o improvável desafia o impossível
O Botafogo, que por tanto tempo viveu entre o quase e o nunca, derrotou o Paris Saint-Germain, soberano do continente europeu. Campeão da Champions, da liga, da copa, da supercopa, dono de Messi, Mbappé e Neymar até pouco tempo, e agora de uma máquina que goleou três times por 4 a 0 (com Real e Atlético no balaio) em uma Copa do Mundo.
O Flamengo, cujos anos recentes têm sido palco de sua mais intensa afirmação internacional, bateu o Chelsea com autoridade, por 3 a 1, mesmo o rival sendo inglês, bilionário, campeão da Conference. Poderoso o suficiente para receber um presente no meio do torneio. Nas oitavas, um nervoso time acabou por deixar os alemães insaciáveis do Bayern de Munique abrirem uma margem de 2 a 0 logo nos primeiros minutos. Ao decorrer do jogo, o rubro-negro demonstrou garra, mas foi insuficiente para derrubar o colosso alemão. Um adeus amargo, mas necessário.
O Palmeiras que, mesmo sem ter uma vitória europeia para chamar de sua, desafiou a ordem do futebol, e se infiltrou entre os oito melhores times da competição eliminando um compatriota, o Botafogo, algoz recente, que, em uma batalha de Davi contra Golias, havia recém derrubado o gigante PSG. Nas quartas, o sonho alviverde foi terminado após um infeliz desvio na zaga palmeirense enganar Weverton e colocar o Chelsea nas semifinais.
E o que dizer do Fluminense, que por décadas viveu à margem da América do Sul, venceu e eliminou a Inter de Milão, finalista da última Champions, com um 2 a 0 firme, bem jogado, de quem ousa não respeitar hierarquias. Mas o sonho tricolor não parecia ter fim. Não bastou deixar os italianos fora da brincadeira, mas também os árabes do Al-Hilal, o time mais rico do mundo fora da Europa. Recheado de craques que brilharam no velho continente, a equipe que há pouco era a casa de Neymar, caiu diante do tricolor: 2 a 1, com um gol da cria de Xerém, e do guerreiro Hércules. Nas semis, no entanto, um velho filho retornou para machucar o coração tricolor…
O palco era mundial, mas o script já tinha dono
Eles venceram. Mas não ficaram. O palco do Mundial é brilhante, mas as rédeas são invisíveis. A FIFA, a mesma que diz promover igualdade entre os povos do futebol, abriu uma brecha, um corredor polonês de conveniência para quem pode comprar. Uma janela de transferências durante o torneio, que permitiu aos clubes ricos reforçarem seus elencos já nas fases decisivas.
O inimigo não é o filho, mas o sistema que o obriga a lutar contra a casa
Quem tem bilhão, tem João Pedro. Quem tem a formação, mas sem o cacife, perde João Pedro. Como numa fábula escrita por um colonizador insone, o Fluminense viu sua própria cria ser comprada no meio da viagem.
João Pedro, revelado em Xerém, teve o nome inscrito em outro uniforme e, como num ciclo trágico, foi ele o autor dos dois gols que eliminaram o clube que o pariu. Do ventre tricolor ao abraço dos milhões.
Quando as regras favorecem poucos, a coragem vira a maior conquista
É aí que mora a poesia amarga do futebol sul-americano. A história desses clubes brasileiros no Mundial não é de fracasso. É a história dos vencidos que vencem sem levantar taça. É o conto de três clubes que bateram de frente com os impérios, mesmo sabendo que a balança da história pende para o ouro.
Não há igualdade quando quem dita as regras é quem se beneficia delas. Não há justiça esportiva quando se pode comprar um herói no intervalo da batalha. Não há fair play quando o campo já nasce inclinado.
Eles compram o que não têm
Mesmo assim, os brasileiros foram. Lutaram. Venceram. E perderam. Mas há uma verdade que nem a FIFA pode negociar: o futebol, no fim das contas, não pertence aos milionários.
O futebol é feito de insubmissos. E ali, no calor de cada vitória improvável, cada gol contra o destino, o que se viu foi o grito de quem nunca deixou de resistir. Eles venceram. Mesmo quando o script foi escrito para que perdessem. E nesse mundo ao contrário, talvez isso já seja tudo.
No mais, o que podemos dizer: obrigado Fluminense, Palmeiras, Flamengo e Botafogo! Por botarem o Brasil na ponta da chuteira, por não se inclinarem diante dos milhões de euros, por não aceitarem atuar como meros coadjuvantes no cenário mundial. Algo que nosso país, no futebol, nunca aceitou ser. E que a Copa do Mundo de Clubes de 2029 venha rápido e, quem sabe, com um time brasileiro no alto do pódio desta vez.
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