Prisão, recurso ou anulação: o que pode acontecer com Daniel Alves após julgamento
Discursos contraditórios, câmeras de segurança e exames deixam o jogador em situação difícil
Acusado de violência sexual, Daniel Alves começou a ser julgado nesta segunda-feira (5/2), em Barcelona. Com mais de um ano após o caso, o jogador já trocou de versão por cinco vezes, alegou estar bêbado e ainda tenta anular o julgamento, mas a realidade é que as evidências pesam contra o ele. O portal LeoDias te explica agora o que vai acontecer nos próximos dias e quais são os possíveis resultados do caso para o jogador.
O julgamento
O julgamento será realizado em audiência pública, ou seja, com participação da imprensa – menos no depoimento da suposta vítima -.O tribunal vai deliberar a pena de Daniel Alves durante três dias, ouvindo outras 28 testemunhas e a jovem espanhola que acusa o brasileiro, além do próprio jogador, do qual sua advogada fez o pedido para que ele desse o testemunho ao final dos outros depoimentos.
A defesa de Daniel Alves iniciou o julgamento já tentando anulá-lo, alegando que Daniel Alves estaria sendo vítima de um tribunal paralelo, assim como solicitando anulação já que a juíza responsável pelo caso não aceitou que um segundo perito examinasse a vítima.
Durante o recesso do julgamento, que veio a dar o parecer negativo ao pedido de anulação de Daniel Alves, a mãe do jogador, Dona Lúcia, mandou beijos e fez um coração com as mãos para o filho, enquanto ele voltava para o banco do réu.
O julgamento ocorrerá até a próxima quarta-feira (7/1), sendo colhido hoje depoimentos de seis pessoas, com as outras 22 no dia seguinte. Já a última sessão será dedicada a trâmites periciais, que entregarão um relatório e conclusões.
Pagamento de recurso
Em dezembro, foi efetuado o pagamento de recurso à justiça espanhola, no valor de 150 milhões de euros (R$ 800 mil), o que reduziria a pena de Daniel Alves para seis anos de prisão. A possibilidade é reprovada pela defesa da suposta vítima, mas está dentro da legislação espanhola. A acusação também pede uma indenização de 150 mil euros para a vítima, que já havia recusado o valor anteriormente, mas voltou atrás na decisão.
Na Espanha, o julgamento por violência sexual não é aberto à júri popular e é tratado como um exemplo para prevenção à abusos contra mulheres. A lei conhecida como “Só sim quer dizer sim” é um marco na luta contra o estupro no país europeu. A nova lei prevê seis anos de detenção, mas o atleta será julgado de acordo com as regras da época do ocorrido, quando o mínimo previsto era de quatro anos.
A decisão final será elaborada pela juíza responsável pelo caso, Isabel Delgado Pérez, mais de um ano após a prisão preventiva.
Segundo o pedido do Ministério Público, Daniel Alves deveria ser preso por nove anos, já a defesa da suposta vítima defende a aplicação da pena máxima, de 12 anos. A previsão na programação inicial do julgamento não prevê a leitura da sentença, que não tem data para ocorrer após a conclusão das diligências.
Versões contraditórias contra Daniel Alves
O jogador mudou sua versão sobre o crime sexual cinco vezes. Primeiro, ele alegou não conhecer a vítima. Depois, disse que ela entrou no banheiro em que ele estava. Em seguida, disse que a vítima havia praticado sexo oral nele sem o seu consentimento.
O jogador acabou afirmando que manteve relação sexual, mas que havia sido consensual. Depois, sua defesa chegou a alegar que o jogador teria mentido pois não queria que sua esposa Joana Sanz descobrisse sobre a traição. Por último, disse que foi prejudicado pelo consumo de álcool.
Para piorar a situação de Daniel Alves no julgamento, o depoimento da suposta vítima é considerado conciso, além de haver exames pelos quais a vítima passou que comprovam a presença de sêmen de Daniel Alves nas roupas íntimas da jovem e em seu vestido. Além disso, as câmeras de segurança da própria boate desmontaram a versão do jogador por mais de uma vez.
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