Suspensão na ESPN: confira os bastidores do afastamento de seis jornalistas da emissora
Emissora não se pronunciou oficialmente, gerando especulações sobre o motivo da decisão; Linha de Passe abordou denúncias publicadas pela Revista Piauí
Após repercussão do afastamento dos seis jornalistas da ESPN nesta quarta-feira (9/4), por meio de uma notícia do Uol, a reportagem do portal LeoDias apurou os bastidores do caso, que tudo indica que a direção do programa “Linha de Passe” havia sido orientada em abordar as questões relacionadas à CBF, mas sem focar somente nas acusações trazidas pela revista a Piauí e trazer outras pautas do universo esportivo.
No entanto, os apresentadores e comentaristas da edição da última segunda-feira (7/4), seguiram com o debate e não hesitaram em ampliar as críticas ao presidente Ednaldo Rodrigues. Ao final do programa, o jornalista Gian Oddi, um dos jornalistas afastados, fez um agradecimento ao diretor Dimas Coppede, que, segundo ele, “comprou a briga”.
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De acordo com fontes internas, o grupo de profissionais teria “procurado sarna para se coçar”, ao desafiar a gestão da empresa e adotar posturas incisivas com a direção.
A decisão da ESPN ocorre após a emissora ter adquirido os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro da Série B em 2025. Para não prejudicar o relacionamento com a CBF, a emissora optou por afastar os jornalistas envolvidos, evitando confronto com a entidade que rege o futebol brasileiro.
O gesto, considerado por muitos como uma “insubordinação” dos jornalistas ao poder maior dentro da ESPN, reflete a tensão entre os profissionais e a gestão da emissora. A situação, agora pública, coloca a relação entre liberdade editorial e o papel da mídia na fiscalização dos grupos, entidades e clubes esportivos.
Gian Oddi, Paulo Calçade, Vitor Birner, William Tavares, Pedro Ivo Almeida e Dimas Coppede foram afastados após comentar no programa as denúncias publicadas pela revista Piauí sobre a gestão de Ednaldo Rodrigues, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na última segunda-feira (7/4).
O portal LeoDias procurou a ESPN que informou que, no momento, não irá se pronunciar sobre o caso. A CBF, também procurada, respondeu que o fato não procede e que “respeita a liberdade de imprensa com responsabilidade e não pede interferências de nenhum tipo na linha editorial de veículos de comunicação”. Caso a emissora se pronuncie, o texto será atualizado.
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