Torcedores presos: Polícia avança com investigação de ataque ao ônibus do Fortaleza
Delegação foi atacada por torcedores do Sport
O polêmico e assustador caso em que torcedores do Sport bombardearam e apedrejaram um ônibus onde estava a torcida do Fortaleza completou um mês e, dentre as feridas cicatrizadas, punições e ações para se chegar a um final, muitas dúvidas ainda pairam. No entanto, a investigação tem caminhado e os primeiros suspeitos já foram presos.
Tudo aconteceu no último dia 22 de fevereiro, durante a madrugada, logo após uma partida entre Fortaleza e Sport, em Recife (PE). Na ocasião, seis jogadores ficaram feridos e o Tricolor do Pici registrou boletim de ocorrência.
Dias depois, um suspeito chegou a se apresentar como um dos autores do atentado, sendo que não ficou preso, por não haver flagrante. Três semanas seguintes, a Polícia Civil deflagrou a “Operação Hooligans”.
Segundo a nota oficial divulgada pela corporação de Pernambuco, além das prisões, mais “sete mandados de prisão e sete de busca e apreensão domiciliar estão sendo cumpridos em Recife, Jaboatão dos Guararapes e Camaragibe”.
“A investigação foi iniciada em fevereiro de 2024, com o objetivo de identificar e desarticular Associação Criminosa voltada à prática dos crimes de tentativa de homicídio, provocação de tumulto e dano”, informa a nota.
A operação foi realizada pelo Comando de Operações e Recursos Especiais (CORE), sob a presidência dos delegados Raul Junges e Paulo Moraes, ambos da Delegacia de Polícia de Repressão à Intolerância Esportiva.
Segundo a polícia, outro suspeito foi preso durante esta semana e todos são membros da principal torcida organizada do Sport, a Torcida Jovem do Leão (antiga Torcida Jovem do Sport).
De acordo com os agentes envolvidos no caso, a ação foi premeditada. “Outras pessoas serão implicadas também. A investigação é complexa e envolve muitas pessoas, mas a gente tem certeza que vai chegar. Já chegamos e vamos chegar a outras pessoas”, declarou o delegado encarregado da investigação, Raul Carvalho.
Relembre o caso
No último dia 22 de fevereiro, torcedores do Sport atacaram com bombas caseiras e pedras o ônibus onde estava a delegação do Fortaleza, que estava a caminho do aeroporto após um jogo disputado entre as equipes pela Copa do Nordeste, em Recife (PE).
O ataque deixou diversos feridos, incluindo jogadores que tiveram de ser encaminhados ao hospital. Em vídeos divulgados nas redes sociais, é possível ver o tamanho do estrago, com vidros e sangue espalhados por todo canto.
O anúncio que os suspeitos foram identificados aconteceu no dia seguinte ao atentado e que iniciaria as prisões, que vieram a acontecer 22 dias depois.
A principal teoria segue sendo de que os torcedores premeditaram o ataque ao ônibus e que o alvo era realmente a delegação do Fortaleza. A polícia não acredita que o veículo tenha sido confundido com o de uma organizada do clube cearense.
“Estamos com um prognóstico bom da situação e acreditamos que vamos chegar a alguns responsáveis por este ato. Temos algumas pessoas identificadas. Não gostaria de falar agora (número) para não atrapalhar. Temos um número, não é só uma pessoa, e acreditamos que vamos chegar a uma organização”, afirmou Renato Rocha, delegado responsável pelo caso.
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