Após assumir outro homem, irmão de Luciano Huck sofreu ameaças: “Medo”
Fernando Grostein trouxe à tona detalhes dos ataques que sofreu. O cineasta precisou deixar o Brasil, para se proteger da perseguição
Fernando Grostein Andrade, irmão de Luciano Huck e cineasta, se jogou na carreira musical e está lançando um álbum ao lado do marido Fernando Siqueira na noite desta terça-feira (8/10). O famoso, durante um bate-papo com a revista Quem, entregou detalhes sobre as ameaças anônimas e perseguição que sofreu junto do companheiro. Os dois se sentiram forçados a deixar o Brasil, com medo dos ataques homofóbicos, assumindo a união homoafetiva.
“Foi um momento de muita confusão e medo. A sensação de que não podíamos mais estar seguros em nosso próprio país foi devastadora. O Brasil é nossa casa, nossa origem, e ter que partir por questões de segurança nos fez questionar muitas coisas. Ao mesmo tempo, percebemos que estávamos buscando um ambiente onde pudéssemos respirar, reconstruir e continuar criando. Sabíamos que deixar o país era necessário naquele momento, mas também foi um processo de grande dor e incerteza”, disse Grostein.
Veja as fotos
Leia Também
O cunhado de Angélica Ksyvickis entregou que as pessoas consideraram exagero, a decisão em deixar o país com o amado: “Muita gente achou que era exagero. Houve quem minimizasse a gravidade da situação, quem dissesse que estávamos exagerando ou fugindo à toa. Esse tipo de reação é doloroso porque invalida a nossa experiência e o medo real que estávamos enfrentando”. Siqueira completou: “Reconstruir a vida fora do país foi um processo longo e desafiador. Estávamos na Califórnia, nos Estados Unidos, que é um lugar com muitas oportunidades, mas também com suas dificuldades”.
“Tivemos que nos adaptar a uma nova cultura, à distância da família e dos amigos e à pressão de recomeçar praticamente do zero. A saúde mental foi um grande desafio nesse período”, finalizou o marido de Andrade. Fernando Grostein rompeu o silêncio sobre as marcas, após os inúmeros episódios de assédios e ofensas: “As cicatrizes são principalmente emocionais. Vivemos em um estado de alerta constante. Mesmo agora, morando na Califórnia, essa sensação de insegurança ainda nos acompanha”.
“Lembro de um momento em que estávamos filmando uma militante da Ku Klux Klan e logo depois recebemos uma ameaça de tiro. Isso só reforça a ideia de que a violência está em toda parte, e vivemos em uma época marcada pela epidemia de ódio. O medo não desaparece, ele apenas muda de forma. Hoje, o que mais me preocupa é a segurança das pessoas que amo e continuar trabalhando com direitos humanos sabendo dos riscos que isso traz”, pontuou o irmão de Luciano Huck.
Fique por dentro!
Para ficar por dentro de tudo sobre o universo dos famosos e do entretenimento siga @leodias no Instagram.
Agora também estamos no WhatsApp! Clique aqui e receba todas as notícias e conteúdos exclusivos em primeira mão.