Candoblecista, Juju Salimeni fala sobre preconceito e mostra santuário em sua casa
Constantemente, Juju relata nas redes sociais episódios de preconceitos religiosos que sofre quando faz publicações sobre sua religião
Juju Salimeni abriu as portas de sua mansão para o titular do portal LeoDias e falou abertamente sobre detalhes de sua vida pessoal e profissional. Enquanto andava pela casa, a influenciadora mostrou um espaço muito especial, o cantinho de seus Orixás e contou como e quando entrou para a religião de matriz africana, Candomblé.
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“Eu sou do Candomblé, eu sou de Iemanjá e de Ogun, mas eu fui criada no catolicismo. Eu decidi [entrar para o candomblé] quando era adolescente, foi por acaso, quando minha mãe me levou em uma senhorinha que era benzedeira e ela tinha um centro, um terreiro, e ela [a mãe] me falou “/vai lá para você tomar um passe”/ e eu fui e me apaixonei”, relembrou.
Juju continuou dizendo que se encantou pela religião: “Fui indo, indo, conhecendo, e com o passar dos anos fui me aprofundando, até realmente entrar para a religião. Sou filha de Santo, tenho minha Mãe de Santo, meu Pai de Santo, e a gente faz os rituais de limpeza, de proteção, me cuido mesmo, principalmente no Carnaval”, contou Juju Salimeni.
Constantemente, Juju relata nas redes sociais episódios de preconceitos religiosos que sofre quando faz publicações sobre sua religião. Durante a entrevista exclusiva ao portal LeoDias, a modelo revela que esta é a primeira vez que fala abertamente sobre detalhes de sua vida religiosa e conta que houve fase que tinha medo de expor que era candomblecista.
“Nunca falei abertamente. Antigamente o preconceito era bem maior, eu já tive fases que eu não falava para ninguém, não contava, não divulgava, ia nas minhas giras, nos rituais e ficava preocupada: “/Nossa e se alguém tirar uma foto minha e divulgar?”/, ficava com medo, porque parecia que a gente estava fazendo alguma coisa errada”, disse a modelo.
“Quando eu entrei para a Record, que é uma emissora evangélica, eu nunca sofri nenhum tipo de preconceito lá, que fique claro, sempre fui muito bem recebida, muito bem tratada, mas por respeito ao local eu não me sentia a vontade de falar e de ter isso super divulgado nas minhas redes sociais, então eu mantinha isso mais na minha vida privada, só passei a divulgar após sair de lá, pois passei a me sentir mais à vontade”, continuou.
Salimeni contou que atualmente, com as leis de intolerância religiosa em vigor, se sente mais protegida, mas que mesmo assim ainda existe preconceito. Ela também falou sobre a importância de artistas falarem abertamente sobre a religião.
“Hoje existem leis contra a intolerância religiosa, então a gente está mais protegido, não que não exista mais preconceitos, existe, mas estamos mais resguardados, então temos mais possibilidades de mostrar”, disse.
“Os artistas com voz estão mostrando cada vez mais, estão divulgando e eu estou fazendo a minha parte. A partir do momento que eu vi Ivete, e outras mulheres gigantescas, colocando lá a religião, então eu decidi também fazer isso, porque assim eu ajudo as pessoas que não tem tanta voz, porque as pessoas anônimas elas sofrem muito preconceito, então tendo uma pessoa maior de nome para se espelhar, eu acho que isso ajuda muito”, finalizou.
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