Como é? Em depoimento na PF, Bolsonaro nega ter importunado baleia
Daniel Tesser, advogado que representa Bolsonaro, disse que o ex-presidente assistiu a um vídeo que consta no inquérito
O ex-presidente Jair Bolsonaro prestou depoimento à Polícia Federal nesta terça-feira (27/2), na capital paulista, sobre a suposta acusação de que teria importunado uma baleia jubarte durante um passeio de moto aquática em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo. Além de Bolsonaro, seu assessor e ex-ministro Fábio Wajngarten, que também estava no passeio em alto mar, também teve que prestar depoimento sobre o caso.
Daniel Tesser, advogado que representa Bolsonaro, disse que o ex-presidente assistiu a um vídeo que consta no inquérito e confirmou que era ele na moto aquática, mas negou que tenha importunado a baleia.
Segundo Eduardo Kutz, advogado que representou Wajngarten, ele também negou ter importunado o animal. Kutz afirmou, ao sair da sede da PF, que não houve nenhuma questão que comprometesse o cliente e que considera um absurdo que ele tenha tido de precisar depoimento. O assessor alega que, no momento, estava consertando outra embarcação, que estava com areia no motor.
O ex-presidente ficou por duas horas na sede da PF e saiu por volta das 15h45 sem falar com a imprensa.
O inquérito foi aberto pela PF em São Sebastião, e o delegado responsável veio à capital fazer as oitivas.
A acusação
O ex-presidente é acusado de incomodar o animal durante uma viagem a São Sebastião, litoral paulista, entre 16 e 17 de junho de 2023. De acordo com investigadores, ele pilotava uma moto aquática que, ainda em movimento, teria se aproximado intencionalmente do animal por cerca de 15 metros, o que é proibido por lei. Em vídeo publicado nas redes sociais, Wajngarten aparece o acompanhando.
Conforme a legislação brasileira, “molestar de forma intencional qualquer espécie de cetáceo” (mamíferos mais adaptados a ambientes aquáticos, como baleias e golfinhos) é uma infração administrativa contra o meio ambiente. A portaria nº 117 do Ibama, de dezembro de 1996, acrescenta que “é vedado a embarcações aproximar-se de qualquer espécie de baleia com motor ligado a menos de 100 metros de distância do animal”.
“Considerando que as imagens foram feitas a partir de outra embarcação é possível identificar que há uma única pessoa na moto náutica, que está pilotando e gravando um vídeo no celular ao mesmo tempo. Atribui-se a identidade desta pessoa, supostamente, ao ex-presidente Jair Messias Bolsonaro”, disse a procuradora do Ministério Público Federal (MPF) Marília Soares Ferreira Iftim, que acompanha o caso.
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