Do Jornal Nacional a voz da Bíblia: relembre sucesso e trajetória de Cid Moreira
A notícia do falecimento foi confirmada por Patrícia Poeta, ao vivo, na tela da Globo. O jornalista considerado referência deixou um marco na história da televisão
Cid Moreira, jornalista e apresentador, morreu nesta quinta-feira (3/10). O locutor deixou um legado para a comunicação e televisão brasileira, com o marco no currículo de comandar o Jornal Nacional, cerca de 8 mil vezes ao longo de 26 anos. Patrícia Poeta deu a notícia ao vivo, durante a transmissão do Encontro, pegando o público e convidados de surpresa na tela da Globo. O veterano estava internado em um hospital em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, tratando de uma pneumonia nas últimas semanas. Fátima Moreira, viúva da estrela, confirmou o óbito. O portal LeoDias deixa sua homenagem ao comunicador e relembra sua trajetória.
O renomado jornalista, que foi o primeiro apresentador e co-criador do JN, começou na rádio Difusora de Taubaté como contador aos quinze anos. Não demorou muito e logo foi convidado para fazer uma locução, por conta da voz bonita e potente, decolando profissionalmente. Sua última edição como âncora do noticiário nacional foi em março de 1996, na companhia de Sérgio Chapelin.
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O orador também conquistou o coração dos brasileiros com a gravação em áudio da Bíblia na íntegra e uma linguagem atual, realizada em 2001, chegando ao recorde de 33 milhões de cópias.
Para o público do sofá matar as saudades, em 2015, ele esteve à frente de um bloco do Jornal Nacional com Chapelin comemorando os 50 anos de aniversário da Globo. É claro que não podemos nos esquecer das vinhetas, exibidas no Fantástico, assim como nas atrações esportivas do canal. Com álbuns de estúdio religiosos e coletâneas, Cid agradou todas as gerações. Moreira ainda ganhou popularidade em Taubaté (SP), cidade onde nasceu, pelas imitações em festas regionais.
Durante um bate-papo com a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, ele contou como surgiu a ideia de narrar a Bíblia: “Eu estava saindo para jogar tênis e me ligaram, convidando para ler textos mais populares da Bíblia, do Novo Testamento”. Com o sucesso de vendas, rendendo mais de R$ 60 milhões, o jornalista se animou: “Eu pensei ‘Se isso fez sucesso’… Veio uma vozinha na minha cabeça: ‘Porque não grava a Bíblia toda?’ Era a época áurea do CD!”. Grato, ele atrelou o sucesso à oportunidade que recebeu: “Foi graças ao sucesso no JN e Fantástico. Porque se não fosse isso…”.
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