Entenda o que pode ter gerado malformação em filho de Zé Vaqueiro

Nesta quarta-feira (26/7), o cantor Zé Vaqueiro emitiu um comunicado oficial informando que seu filho, que nasceu na última segunda-feira (24/7), Arthur teve de ser internado em uma UTI por conta de uma “malformação congênita decorrente da síndrome da trissomia do cromossomo 13”. 

Para entender um pouco mais sobre o que pode ter acarretado a condição do filho do cantor, o portal LeoDias conversou com a médica, especialista em reprodução humana, Dra. Carla Iaconelli. 

Alteração cromossômica 

Segundo a médica, a alteração é chamada de “aneuploidia fetal”, quando há uma alteração quanto ao número de cromossomos. “É quando tem uma contagem de cromossomos que não é o normal. O normal são 46 cromossomos, sendo dois sexuais. As mulheres são XX e os homens XY”. 

Carla Iaconelli explica que estas alterações são mais frequentes do que se pensa: “Para se ter uma ideia, mulheres acima de 35 anos tem metade de seus embriões formados com aneuploidias”. 

No entanto, a médica esclarece que, caso a gestante opte por um processo de reprodução assistida, há possibilidade de se realizar uma biópsia dos embriões, evitando assim que a fecundação ocorra com aneuploidias: “É uma doença evitável, se fizermos a partir da reprodução assistida”. 

Iaconelli também deixa claro que, ao passar dos anos, é mais provável que as mulheres apresentem embriões com estas alterações: “A partir de 38, é comum que as gestantes tenham a maioria de seus embriões com aneuploidias. De 70% a 80% de seus embriões com alterações. A partir de 45 anos, a taxa aumenta para 90%”. 

Síndromes causadas por estas alterações

A médica também complementa que algumas síndromes podem ser causadas por estas aneuploidias: “Uma delas é a síndrome de Down. É o resultado de um bebê que tem três cromossomos 21.”

No caso do filho de Zé Vaqueiro, ele possui a síndrome de patau, que ocorre após a ocorrência de três cromossomos 13. Segundo a médica, tal condição pode reduzir bastante a expectativa de vida. 

“Os bebês nascem, mas a expectativa de vida é menor, pois as alterações acabam sendo maiores”, explicou.