Glaucoma: Especialista explica doença que está afetando o pai de Patrícia Poeta
A apresentadora desabafou sobre o drama familiar que está vivendo ao lado do pai, diagnosticado com glaucoma, na sexta-feira (17/11)
Patrícia Poeta abriu o jogo e revelou na última sexta-feira (17/11), no programa “Encontro”, da TV Globo, que vem vivendo um drama familiar ao lado de seu pai, que foi diagnosticado com glaucoma e desde então vem perdendo a visão. Para falar sobre a doença que tem abalado a família da apresentadora, o portal LeoDias conversou com o oftalmologista da Santa Casa de São José dos Campos, Dr. Vilberto de Souza Almeida Júnior.
De acordo com o especialista, glaucoma é uma doença oftalmológica, popularmente conhecida como a doença da pressão alta no olho, e é a segunda maior causa de cegueira, ficando atrás apenas da catarata.
“A grande diferença entre as duas é que a catarata é uma doença reversível, você opera, você resolve o problema, e o glaucoma infelizmente não é reversível, é uma doença irreversível, então ele é uma doença que causa lesão no nervo óptico do paciente, e o que foi lesionado, fica lesionado”, explicou o médico oftalmologista.
“Essa é uma doença que surge justamente pelo aumento da pressão, que vai gradualmente lesionando o nervo óptico do paciente. Até existem vários tipos de glaucoma, inclusive o glaucoma de pressão normal, mas o foco objetivo é sempre diminuir essa pressão para encher o vírus. Evitar a progressão dessa doença, da lesão do nervo óptico”, completou.
Durante o desabafo de Patrícia Poeta, no programa matinal da TV Globo, na sexta-feira (17/11), a apresentadora contou que o pai, Ivo Barcellos, não é o primeiro integrante da família a ser diagnosticado com a doença, e que seu avô paterno também sofreu com a mesma enfermidade. De acordo com o especialista, o glaucoma é uma doença hereditária, e é comum passar de pai para filho.
De pai para filho
“Ela é uma doença hereditária, inclusive o principal fator do glaucoma é a hereditariedade, então passa mesmo assim de pai para filho, então isso daí é muito comum, a gente vê naquelas famílias que um número grande de pessoas tem essa doença, então ela é assim hereditária”, contou.
Apesar de ser uma doença mais comum na terceira idade, o especialista alerta que qualquer paciente pode apresentar glaucoma, até mesmo bebês recém-nascidos.
“Ela é uma doença mais comum na terceira idade, sim, é mais comum para pacientes idosos, ela, principalmente pelo fato de a gente já encontra quando ela já está mais evoluída nas consultas desses pacientes, mas qualquer paciente pode sim apresentar o glaucoma, inclusive recém-nascidos, existem crianças, casos de criança que nasce com glaucoma congênito, por exemplo, e crianças, adulto, jovem, todo mundo pode sim ter o risco de ter a doença”, declarou o médico Dr. Vilberto de Souza Almeida Júnior.
Doença silenciosa
Ainda em entrevista ao portal LeoDias, o especialista informou que o glaucoma é uma doença silenciosa e na maioria dos casos só é percebida pelo paciente quando já está bem avançada.
“O glaucoma, ele não costuma apresentar sintomas na sua fase inicial. O principal sintoma que o paciente sente, quando ela já está mais evoluída. É a perda do campo visual periférico. Mas isso é só quando a doença já tá muito evoluída, então isso é um grande problema, porque a gente costuma dizer que é uma doença silenciosa, porque o paciente não sente dor, o paciente não sente embaçamento logo no início da doença, e quando ele costuma procurar por algum tipo de problema relacionado à visão, muitas das vezes o glaucoma já tá muito avançado, já tá num grau que o paciente já perdeu muito da visão”, explicou.
Diagnóstico
Segundo o profissional, o diagnóstico de glaucoma na maioria das vezes é feito através de exames realizados nas consultas oftalmológicas.
“O diagnóstico é feito principalmente com a consulta oftalmológica, na consulta a gente não vê só os óculos, a gente faz alguns outros exames e principalmente a avaliação do fundo de olho e a medida da pressão intraocular. São esses dois os principais fatores, existem outros exames que são exames que auxiliam tanto no diagnóstico quanto no acompanhamento da doença, mas principalmente a avaliação do fundo de olho e a aferição da pressão intraocular”, disse.
Tratamento
Apesar de se tratar de uma doença crônica, o especialista afirma que existem tratamentos.
“Existe tratamento. O principal tratamento é o uso de colírios que diminuem a pressão intraocular, mas quando a gente percebe que só com colírio não tá resolvendo, existem outros tipos de tratamento. Existe cirurgia, existe tratamento com laser, mas o principal é o uso de colírios”, contou.
“É uma doença crônica, ela não tem cura, e quem começa a fazer o tratamento vai ter que sempre acompanhar com o médico, realizando exames, consultas”, finalizou o Dr. Vilberto de Souza Almeida Júnior.
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