Especialista explica síndrome rara que obrigou Isabel Teixeira retirar as mamas
A atriz, que interpretou a famosa personagem Maria Bruaca, na novela Pantanal, revelou o diagnóstico em entrevista ao jornal O Globo
A atriz Isabel Teixeira, que interpretou a Maria Bruaca de Pantanal, revelou em entrevista ao jornal O Globo que retirou as mamas após ter sido diagnosticada com síndrome rara. Para entender sobre o diagnóstico que fez a atriz precisar tomar uma decisão radical, o portal LeoDias conversou com o médico e chefe de oncologia do Hospital Santa Clara, Dr. Jorge Abissamra Filho.
Segundo o especialista, a síndrome é causada pela alteração de um gene que tem como função detectar células defeituosas, cancerígenas.
“Síndrome de li fraumeni é uma síndrome causada pela alteração do gene TP53, que é um gene supressor de tumor. O que isso significa na prática? Quando produzimos células no organismo temos um gene que detecta células defeituosas que foram produzidas e as matam. O gene supressor de tumor faz isso. Quando temos um erro neste gene e como se nosso setor de qualidade estivesse defeituoso. Não matamos as células que foram produzidas de maneira defeituosa e assim o câncer é desenvolvido”, explicou o médico.
“O diagnóstico da síndrome de li fraumeni baseia-se em critérios clínicos e familiares. Os critérios incluem a presença de um tumor pediátrico, um ou mais parentes de primeiro ou segundo grau com câncer antes dos 45 anos e um ou mais parentes de primeiro ou segundo grau com câncer de tecidos moles ou sarcoma em qualquer idade. Os testes genéticos são fundamentais para confirmar o diagnóstico. Eles envolvem a análise do gene TP53 em amostras de DNA do paciente. Portanto não apresenta sintomas”, continuou o profissional sobre como é feito o diagnóstico.
Ainda em entrevista ao portal LeoDias, Dr. Jorge Abissamra Filho contou a importância de buscar um médico especialista em aconselhamento genético para entender as opções de prevenção.
“Quando diagnosticado a síndrome de li fraumeni, devemos buscar com médico especialista aconselhamento genético, para entendermos as opções de prevenção e detecção precoce de câncer, visto que a síndrome aumenta as chances de câncer de mama, colorretal, leucemia, tumores cerebrais, sarcomas de tecidos moles, entre outros. Esses indivíduos devem ser submetidos a um programa de rastreamento e monitoramento regular”, declarou o oncologista.
“No momento não há como tratar a síndrome, ou seja, não é possível corrigir a mutação do gene TP53, porém devemos manter vigilância ativa aos portadores. Não há sintomas em portadores da síndrome”, finalizou o médico.
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