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Fábio Assunção reflete sobre a legalização das drogas: “Precisa ser entendida”

O ator Fábio Assunção chegou a fazer tratamento contra o vício em uma clínica fora do Brasil

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          Fábio Assunção resolveu falar sobre um assunto impactante envolvendo o convite que recebeu do presidente Lula (PT) para integrar um grupo que pensaria políticas públicas em relação às drogas no Brasil. O ator confirmou que o político desejava um programa voltado para o tema e chamou vários especialistas antes de sua prisão em 2018.

          “Ele chamou psiquiatras, pessoas de gestão pública, de saúde, e me convidou. Queria elaborar um plano, que não se desenvolveu porque ele foi preso, mas o grupo permaneceu”, começou dizendo o artista no podcast Conversa Vai, Conversa Vem, do jornal O Globo.

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          Alguns integrantes desse coletivo até conversaram com a equipe da série “Onde Está Meu Coração”, produção original do Globoplay. Na trama, Fábio Assunção interpretou o pai de uma médica dependente de crack, vivida por Letícia Colin.

          “Letícia me procurou para conversar antes, queria entender mais sobre o assunto. Fomos ao NA ou AA, não lembro ao certo. Eu trouxe pessoas do grupo que o presidente Lula convocou para fazer uma partilha, com todos falando sobre o tema. Foi legal porque deu uma boa visão e respeito pelo tema”, afirmou.

          O veterano fez um desabafo e explicou o que pensa sobre a internação compulsória, afirmando que ninguém será curado de algo que não quer. Em sua visão, isso não funciona porque a cura não é apenas um procedimento técnico e precisa da própria energia da pessoa para acontecer.

          “Mas me arrependi de ter falado isso, porque existem casos extremos em que a pessoa precisa. Algumas pessoas ficam internadas por cinco anos. Esse assunto é todo complicado. A legalização precisa ser entendida. Não é uma permissividade, não é uma torcida para que todo mundo use. É retirar isso do crime organizado e abordar o tema com afetividade. A sociedade precisa olhar para isso de uma forma mais humanizada, sabe?”, concluiu.

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