Suzane von Richthofen engana clientes com loja de sandálias customizadas
Duas pessoas a denunciaram nas redes sociais
Suzane von Richthofen resolveu ser microempresária e inaugurou um ateliê de costura para customizar sandálias, fabricar bolsas, capa para computadores e estofados, após sair da prisão por matar os pais. Mas engana-se quem pensa que ela trabalha nos conformes: Suzane tem sido acusada de enganar clientes.
Segundo o jornal O Globo, os seguidores da página Su Entrelinhas descobriram que na verdade esse negócio de Suzane é uma cilada. Desde que engravidou, há quase sete meses, ela parou de confeccionar os artigos do próprio empreendimento, sem avisar aos consumidores. Ela colocou duas costureiras para fazerem esse trabalho, sob a coordenação de sua ex-cunhada, Josiely Olberg.
Suzane e Josiely passaram o Réveillon juntas, na casa da ex-detenta, em Bragança Paulista. Ela foi pega na mentira após a gerente financeira Pamela Siqueira, de 34 anos, adquirir um dos produtos da sua loja. Dia 7 de dezembro de 2023, ela comprou um par de sandálias customizadas
A encomenda chegou na casa da gerente no último dia 3, e a etiqueta dos Correios mostrou que o produto foi postado da Rua Espírito Santo 214 – Centro – Angatuba – SP. A distância desse endereço e onde Suzane mora, em Bragança Paulista, é de 270 quilômetros. No local descrito na encomenda, funciona um escritório de três advogados associados: Ivan Ferreira, Letícia Beltrami e Jaqueline Domingues. Jaqueliene é quem acompanha o processo da menina que matou os pais, e ainda a defende em interesses nas causas cíveis, como processo de sucessão que Suzane abriu para acessar um apartamento avaliado em R$ 1 milhão, herança de sua avó paterna, Margot Gude Hahmann, que morreu em 2005, aos 81 anos.
Pamela denunciou Suzane, mas se arrependeu
Inconformada com a situação, da qual Suzane não fabrica produtos da loja, Pamela a denunciou através das redes sociais. Em uma publicação no Instagram ela disse que foi enganada, mas apagou o post.
“Me senti ludibriada duas vezes. Primeiro porque achava que a encomenda chegaria antes do Natal. Segundo porque ela não customizou a sandália, como havia dito. Mas resolvi apagar a queixa porque tenho medo da Suzane. Até porque ela tem o meu endereço, né?”, desabafou para o jornal O Globo.
Ela enfatizou que não é fã da criminosa, como muita gente pensa: “Acompanho tudo sobre esse caso porque gosto de true crime [histórias de crimes de verdade] e adoro uma investigação”, disse.
Outra vítima
Mas Pamela não foi a única nessa história, outras pessoas se questionavam quanto ao trabalho de Suzane, se perguntando se realmente ela colocava a mão na massa. Ela certificou ser autora do trabalho e mandava para os clientes alguns vídeos trabalhando para provar a veracidade da informação. Mas desde o último mês de agosto, quando descobriu a gravidez, ela parou com as gravações e resolver terceirizar a produção.
O enfermeiro Diego Castro, de 31 anos, apoiador da ressocialização de criminosos, fez compras na loja dela. Ficou empolgado com os recebidos entregues e chegou a gravar vídeos rasgando de elogios os produtos. Um acordo tinha sido feito, se ele comprasse pela segunda vez receberia uma chamada de vídeo de Suzane, só que ela simplesmente sumiu. Diego mandou mensagem, ligou, mas foi ignorado. Com raiva, apagou os elogios e postou um vídeo de 5 minutos acabando com o empreendimento de Suzane: “Vou logo avisando. Estou chateado. A Su Entrelinhas é uma loja feita para arrancar dinheiro e enganar as pessoas. É uma picareta.”
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