Questionado se vai se eleger, Bolsonaro retoma passado e sinaliza que sim
Ex-presidente foi entrevistado na LeoDiasTV nesta terça-feira (25/2) e revelou que quer voltar ao cargo
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível por 8 anos, por abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicação. Na LeoDiasTV desta terça-feira (25/2), Bolsonaro sinalizou que quer se eleger novamente à presidência da República. A pergunta foi feita pelo titular deste portal, Leo Dias, que esteve presente em Brasília para a rara entrevista ao vivo e presencial exclusivamente concedida pelo político.
Sem responder ativamente a pergunta, Bolsonaro retomou os problemas que está passando com a Justiça: “Tô com a consciência tranquila. Estou inelegível por quê? Já me considero com 70 anos de idade, mais tempo de retrovisor do que parabrisa. Acho que vale a pena o sacrifício”, afirmou o ex-presidente da República.
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Para ele, não é possível responder a uma pergunta sobre sua tentativa de candidatura nas Eleições 2026 sem relembrar o passado: “Qual crime eu cometi? Não posso temer, lógico que me preocupo”, afirmou.
Perguntado por Leo Dias quem será seu sucessor, o ex-presidente não quis dar detalhes: “O meu sucessor será eu mesmo. Não há motivos para eu não disputar nas eleições do ano que vem. Abuso de poder político com embaixadores? Não tem cabimento”, disse ele, retomando a situação que enfrenta com a Justiça Eleitoral.
Em 2023, por maioria de votos (5 a 2), o Plenário do TSE declarou a inelegibilidade do de Bolsonaro por 8 anos, contados a partir das Eleições de 2022. Ficou reconhecida a prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante reunião realizada no Palácio da Alvorada com embaixadores estrangeiros no dia 18 de julho de 2022.
Mesmo considerado inelegível, Jair Bolsonaro (PL) está numericamente à frente de Lula (PT) em pesquisa de intenção de voto para o segundo turno de 2026. A pesquisa foi divulgada nesta terça-feira (25/2) pela CNT/MDA. Segundo o instituto, se a segunda votação da eleição presidencial acontecesse atualmente, Bolsonaro, que está inelegível, teria 43,4% dos votos contra 41,6% de Lula.
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