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Artistas indígenas lançam coletânea de álbuns em parceria com Instituto Alok e Unesco

Projeto com sete álbuns inéditos promove a cultura dos povos originários

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          Chega às plataformas digitais nesta sexta-feira (8/8) a Coleção “SOM NATIVO”, uma coletânea de sete álbuns inéditos de diferentes etnias brasileiras, produzidos em parceria com o Instituto Alok. As obras, que somam ao já lançado “O Futuro é Ancestral”, celebram o Dia Internacional dos Povos Indígenas, comemorado neste sábado (9/8).

          “Recebemos do criador o dom de cantar alto, assim como as onças e os pássaros. Nós povos amazônicos não temos escrita, então as músicas gravadas nesse álbum vem assegurar a continuidade de nossos conhecimentos e valorizar nossas tradições”, declara Tashka Yawanawa, importante ativista dos direitos dos povos indígenas.

          Veja as fotos

          Filipe Miranda/Divulgação
          Alok e músico Mapu Huni Kuin em visita a Unesco em ParisFilipe Miranda/Divulgação
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          Alok e músico Mapu Huni Kuin em visita a Unesco em ParisFilipe Miranda/Divulgação
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          Alok e músico Mapu Huni Kuin em visita a Unesco em ParisFilipe Miranda/Divulgação
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          Alok e músico Mapu Huni Kuin em visita a Unesco em ParisFilipe Miranda/Divulgação
          Filipe Miranda/Divulgação
          Alok e músico Mapu Huni Kuin em visita a Unesco em ParisFilipe Miranda/Divulgação

          As gravações mantêm os arranjos autorais, sem interferência criativa ou técnica por parte do DJ Alok. “Não participo como produtor musical nesses álbuns, são para o público desfrutar das tonalidades originais desses artistas incríveis”, esclarece.

          “Meu desejo é que possamos gravar novos álbuns no futuro. Há uma fabulosa riqueza musical entre as centenas de etnias indígenas que habitam o Brasil”, afirma Alok.

          Em visita à UNESCO, em Paris, o projeto foi apresentado pelo DJ, acompanhado pelo músico Mapu Huni Kuin. A Coleção SOM NATIVO é uma contribuição do Instituto Alok à Década Internacional das Línguas Indígenas (2020 – 2030) em cooperação ao órgão da ONU – com objetivo de criar um vasto acervo com a música dos povos originários dos mais diversos continentes para preservar sua cultura e linguagem.

          “A Coleção Som Nativo é uma expressão importante da força das culturas indígenas e da potência da música como instrumento de preservação linguística, memória ancestral e diálogo com o mundo. A UNESCO se orgulha de caminhar ao lado do Instituto Alok nessa iniciativa, que contribui de forma concreta para a Década Internacional das Línguas Indígenas (2022-2032), ao mesmo tempo em que reforça o nosso compromisso com a diversidade cultural, com os direitos dos povos originários e com a construção de um futuro mais justo, igualitário e sustentável para todos”, pontua Marlova Jovchelovitch Noleto Diretora e Representante da UNESCO no Brasil.

          A maioria das faixas foi gravada em idioma nativo. As letras entoadas pelos Guaranis Kaiowás (MS), Kariri Xocós (AL), Huni Kuins (AC), Yawanawas (AC), Guaranis Mbyás (SP), Kaingangs e Guaranis Nhandewas (PR) desenham um mapa sonoro e geográfico brasileiro que alerta o mundo sobre a conexão com a natureza, o cotidiano nas aldeias e séculos de resiliência cultural.

          “Desde 1500, com a chegada dos portugueses, há um preconceito enorme contra a gente, com os povos indígenas. Falam que o indígena quando usa o rap, perdeu a sua cultura. E, quando a gente mostra a nossa cultura, falam que o indígena é selvagem. Mas a gente vai continuar seguindo, mostrando nossa cultura, nossa arte e nossa tecnologia, que também é cultura”, OWERÁ, da etnia Guarani Mbyá.

          No site do Instituto Alok estão as letras traduzidas para o português, espanhol e inglês. Assim, as mensagens milenares vão poder ecoar e habitar outras mentes e corações.

          “Na nossa cultura, os mais sábios ensinam as novas gerações. Os cânticos sagrados que tocam a alma das pessoas, falam da importância do respeito à natureza e ao meio ambiente”, diz Everton Lourenço da etnia Guarani Nhandewa.

          Com o lançamento dos sete álbuns, se dá continuidade ao objetivo de contribuir para a inserção artística indígena na sociedade e indústria fonográfica – algo iniciado em “O FUTURO É ANCESTRAL” que recebeu indicação ao Grammy Latino e que se confirma com a participação do grupo Brô MC’s no festival The Town que acontece em setembro, em São Paulo.

          “Nosso álbum é a nossa voz, nossa palavra, escutem a nossa origem, escutem a nossa canção”, afirma Clemerson, integrante dos Brô MC’s.

          • Confira quais os álbuns da “Coleção Som Nativo”

          1. Hiri Shubu Keneya Bari Bay – Mapu Huni Kuin (Huni Kuin/AC).

          2. Saiti Kayahu – Yawanawa Saiti Kaya (Yawanawa/AC).

          3. Cantos dos Encantos Kariri Xocó – Wyanã Kariri Xocó – Cantos Nativos (Kariri Xocó/AL).

          4. Nhe’e Porã – Guarani Mbyá (Guarani Mbyá/SP).

          5. Retomada – Brô MC’s (Guarani Kaiowá/MS).

          6. Kaingang e Guarani Nhandewa – Participação do movimento “Levante pela Terra” (Kaingang e Guarani Nhandewa/PR).

          7. Kairau Vimiûû – Rasu Yawanawa (Yawanawa/AC).

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