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Como e por que está crescendo o número de shows latinos no Brasil

Imigrantes e intercâmbio cultural faz quebrar gelo popular com categoria de artistas hispanohablantes

Com a confirmação de Maluma e Karol G no Brasil, o cenário para shows internacionais no campo latino se estabelece por aqui como nunca antes visto na história da música. Há muitos anos atrás, apenas Ricky Martin, Shakira e, mais recentemente o RBD, conseguiram projeção explosiva com o público brasileiro a ponto de tocar nas rádios e superlotar estádios e arenas. 

Na última década, alguns nomes quebraram as barreiras dos Estados Unidos e firmaram carreira de importância a nível global. Isso fez acender um pisca-alerta no mercado nacional. Em meio à resistência dos grandes festivais com artistas hispanohablantes, como são os casos do Rock in Rio, The Town, Lollapalooza e Primavera Sound, um “universo paralelo” dos shows se consolida. 

Hoje são vários os fatores que jogam contra e a favor da vinda dos grandes astros latinos ao Brasil. E pode não parecer, mas estes mesmo artistas estão com olhos voltados para nós, apenas à espera do momento ideal. O cenário hoje, pode não parecer, mas nunca esteve tão efervescente.

Para Thaís Queiroz, produtora da página Reggaeton Brasil, a maior do gênero, o mercado de entretenimento e shows de cantores latinos no Brasil, sobretudo, tem um impacto econômico importantíssimo, porém, pouco comentado ou divulgado nos grandes veículos, pois é muito mais lucrativo abrir espaço para divulgar um espetáculo do Gusttavo Lima que falar de Bad Bunny, por exemplo, mesmo sendo ele hoje o artista latino número 1 no mundo. 

No mês passado, para se ter ideia, São Paulo recebeu a segunda edição do “D”/Rumba Festival”, que tem por trás empresários imigrantes que, com muito esforço e dedicação, conseguiram expandir negócio por aqui, movimentando a cidade, gerando emprego e fortalecendo suas próprias culturas.

“Tudo está acontecendo aqui em São Paulo, nesse primeiro momento […] A cena do reggaeton e da música latina no Brasil está começando a expandir. As pessoas vem de outros estados para cá, e sim, há uma brecha disso vir a crescer e tornar um movimento ainda maior quando começar a vir artistas latinos com mais frequência e quando as empresas decidirem trazer artistas maiores ou aumentar o número de eventos”, pontua ela. 

Em 2022, a passagem de alguns nomes por aqui surpreendeu, em especial Rosalía e J Balvin, que viraram manchete nos noticiários de entretenimento on-line, como sites e redes sociais, impactaram uma parcela de famosos e influenciadores, e o mais importante, venderam ingressos. 

A reportagem do portal LeoDias apurou com pessoas envolvidas na produção do astro colombiano, que o show para 11 mil pessoas no Allianz Parque, em São Paulo, superou 8 mil vendas, sem contar os convidados. Para um artista com repertório pouco popular aos ouvidos dos brasileiros, foi um êxito. Já Rosalia superlotou o Espaço Unimed, um show sold out. 

Ainda no ano passado, vimos Rita Ora e Lali Espósito em palcos menores no Rock in Rio, e Tini Stoessel no Vibra SP, casa de shows considerada a mais tecnológica da capital, que receberia Rauw Alejandro no próximo dia 2 de novembro, antes dele confirmar o cancelamento da tour em toda América Latina, nesta sexta (06/10), sob alegação de problemas de logística e produção. 

A imigração e o intercâmbio cultural e musical 

Dados recentes mostram que só no Brasil, os bolivianos são cerca de 250 mil, sendo que 200 mil moram em São Paulo. Esse total representa quase um quarto dos 425 mil venezuelanos que vivem no Brasil. Já a população mexicana por aqui, segundo dados oficiais do Governo do México, em 2020, era de 2.132 pessoas. Os colombiano chegam a mais de 16 mil. 

“Eles movimentam a cultura, com certeza. Em São Paulo, principalmente, porque existe um movimento imigratório muito grande […] Não dá para negar que essas pessoas vivem entre a gente, que essas culturas existem, e que elas estão aqui pra viver mesmo, para continuar levando suas raízes, suas origens […] Imigrantes num geral, da América Latina, vem para cá […] São pessoas jovens, empresários, empreendedores que estão trazendo esses artistas pra cá para, fazendo esses festivais para viver sua cultura aqui no Brasil e, de certa forma, isso ajuda a cultura, a movimentar um pouco da economia”, diz Thais, também frequentadora assídua da Súbete, a maior festa latina do país. 

Ninguém fala de shows e festivais latinos no Brasil? Como assim? 

Thaís Queiroz analisa com muita clareza o que acontece para os artistas latinos, eventos e festivais não alcançarem uma projeção maior em termos de publicidade e impacto na mídia. O fato de apenas o inglês estar inserido na educação dos brasileiros como matéria básica do Ensino Médio, inclusive, tem a ver com isso também. “Um país que rejeita uma cultura toda hispanohablante, um país que desde cedo tem o inglês inserido e o espanhol rejeitado”, pontua ela.  

“Os eventos e festivais costumam ficar um pouco centralizados nas mãos desses imigrantes. Então, como você vai atingir o publico brasileiro se a publicidade é feita em espanhol? Como levar isso para a grande mídia se está em espanhol? Mas isso não quer dizer que não tenha público. Quem gosta vai e procura por essa cultura, por essa comunidade”, esclarece Thaís.

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