Os novos Richthofen: polícia investiga casal de adolescentes que planejou a morte dos pais
Garoto de 14 anos assassinou os pais e o irmão no Rio de Janeiro, com incentivo da namorada, que também planejava matar a própria mãe

Atenção: a matéria a seguir traz relatos sensíveis de agressão e violência extrema e pode ocasionar gatilhos. Recomendamos cautela na leitura, especialmente para pessoas sensíveis ao tema.
Um relacionamento virtual que começou quando dois adolescentes tinham apenas 8 anos terminou em uma sequência de assassinatos premeditados e friamente executados. Um jovem de 14 anos, morador de Itaperuna, no Rio de Janeiro, tirou a vida dos pais e do irmão de apenas 3 anos, sob o incentivo direto da namorada, de 15, que mora em Água Boa, no Mato Grosso. O crime aconteceu no dia 21 de junho e mais informações foram divulgadas pela Polícia Civil nesta quarta-feira (2/7).
Conforme as autoridades, o plano do casal era eliminar qualquer obstáculo que os impedisse de viver juntos. O estopim foi a negativa dos pais do garoto em permitir que ele viajasse para visitar a namorada. Ela o pressionava com chantagens emocionais e chegou a dizer que encerraria o relacionamento caso não se encontrassem pessoalmente. Nas conversas obtidas pelos investigadores, a menina exigia que o namorado provasse que era “homem”. A partir disso, o casal começou a arquitetar os assassinatos com detalhes minuciosos; desde o uso de luvas para evitar impressões digitais até formas de ocultar os corpos.
Veja as fotos
Os adolescentes trocavam mensagens em tempo real durante o crime. O garoto chegou a mandar um áudio, dizendo: “Matei meu pai”, e recebeu como resposta: “Atira nela agora”, em referência à mãe. Após os homicídios, o menino enviou uma foto das vítimas mortas à jovem, que respondeu com repulsa, mas seguiu trocando mensagens amorosas com ele. Em uma delas, disse: “Nunca pensei que alguém faria isso por mim”.
A investigação revela que o garoto planejava viajar ao Mato Grosso com dinheiro retirado da conta dos pais. Ele chegou a tentar sacar R$30 mil e pensava em vender os bens da família. O objetivo era se estabelecer com a namorada, que também confessou aos investigadores que desejava matar a própria mãe. O pai dela seria poupado porque viajava muito, era a principal fonte de renda da casa e não iria se opor ao relacionamento, segundo os diálogos divulgados pelo delegado responsável pelo caso, Carlos Augusto Guimarães.
Os corpos das vítimas foram encontrados três dias depois, escondidos em uma cisterna na residência da família. O garoto havia dito a parentes que os pais estavam no hospital com o irmão caçula. A mentira começou a ruir quando vizinhos perceberam um odor forte vindo da casa. Ao ser questionado pela polícia, o adolescente confessou o triplo homicídio.
Nas redes sociais, os perfis dos adolescentes já indicavam interesse por conteúdos violentos. Segundo a perícia, eles não apenas consumiam vídeos de teor extremo, mas também discutiam estratégias baseadas em filmes e jogos que envolviam assassinatos e ocultação de cadáveres. Uma das ideias discutidas por eles foi alimentar os corpos aos porcos.
Segundo o delegado Guimarães, o comportamento do casal era de “uma frieza impressionante”. Já o delegado Matheus Soares, de Mato Grosso, destacou que a garota era “parte ativa” no planejamento dos crimes.
Ambos foram apreendidos e estão internados em centros de reabilitação socioeducativa. Os dois devem responder por atos infracionais equivalentes a homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. As investigações continuam, segundo a Polícia Civil do Rio, para apurar se mais pessoas podem ter sido influenciadas ou envolvidas.
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