Homem é preso em esquema de roubo de músicas no Spotify. Murilo Huff é uma das vítimas
Ronaldo Torres de Souza é o primeiro brasileiro preso por promover fraudes em serviços de streaming de música
Pouco menos de um ano após o portal LeoDias colocar um dedo na ferida e expor a Máfia do Spotify, uma extensão da manipulação de números foi dada com a “Operação Desafino”. Um homem, chamado Ronaldo Torres de Souza, foi preso, acusado de roubar músicas e guias de compositores para monetizar através da plataforma de streaming. Entre as vítimas de roubos de composições está Murilo Huff. As informações foram publicadas em primeira mão pelo Uol e confirmadas por nossa reportagem.
Em conversa com o portal LeoDias, compositores prejudicados pelo esquema afirmaram que Ronaldo pegavas guias (amostras musicais) e composições, que eram enviadas apenas para análise de outros artistas, e subia no Spotify de forma ilegal. Com uso de documentos falsos, o suspeito vinculava o próprio pix às faixas e faturava com os valores obtidos de royalties distribuídos pela plataforma.
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Segundo o Ministério Público de Goiás, que apelidou a operação de “Desafino”, ao todo, os compositores deixaram de faturar cerca de R$ 6 milhões, em mais de 400 faixas que tiveram mais de 30 milhões de reproduções. Entre os musicistas, Murilo Huff foi um dos prejudicados. Também foi identificado o uso de Inteligência Artificial na falsificação das faixas.
As autoridades também encontraram em uma mansão de luxo de Ronaldo Torres em Pernambuco uma “fazenda de streams” com diversos computadores reproduzindo as faixas. Mais de 2,3 milhões de reais em bens em poss de Ronaldo foram apreendidos.
A defesa de Ronaldo Torres de Souza, liderada pelo advogado José Paulo Schneider, enviou um comunicado para nossa reportagem informando que o investigado se mostrou ” se mostrou colaborativo desde o momento da deflagração da Operação Desafino”.
“A defesa técnica informa que o cantor se mostrou colaborativo desde o momento da deflagração da Operação Desafino, capitaneada pelo GAECO do Estado de Goiás.
Salienta-se que o cantor forneceu, espontaneamente, as senhas de todos os aparelhos eletrônicos apreendidos, o que foi crucial para que o Ministério Público pudesse compreender e elucidar a real dimensão do ocorrido.
Registra-se, ainda, que o cantor, durante seu interrogatório, prestado perante o Ministério Público, reconheceu seus erros e demonstrou profundo arrependimento, tendo atuado diretamente para a melhor resolução do caso, circunstâncias essas que foram fundamentais para que o próprio Ministério Público concordasse com a substituição da prisão preventiva por cautelares diversas da prisão.
Na oportunidade, inclusive, o Ministério Público destacou que a postura do cantor era elogiável e poucas vezes vista no dia-a-dia da área criminal.
Informa-se, ademais, que será apresentada a respectiva defesa prévia, bem como que o cantor permanece à disposição das autoridades, com o objetivo de que o processo tenha o melhor desfecho possível para todoas as partes envolvidas.
Destaca-se, por fim, que o cantor sempre teve uma vida de correção e retidão, sendo que os fatos em análise não resumem sua história e seu caráter pessoal ou profissional, tratando-se de um episódio isolado em toda sua trajetória. O cantor encontra-se profundamente arrependido e abalado com a repercussão dos fatos denunciados”.
O portal LeoDias procurou o Spotify para se pronunciar quanto a investigação, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria. Nossa reportagem também procurou a assessoria de Murilo Huff que preferiu não se manifestar quanto à investigação.
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