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Lady Gaga brilha em seu retorno triunfal com o maduro e dançante “Mayhem”

Cantora, que vem ao Brasil em maio, lança um dos melhores discos de sua carreira

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*As informações contidas neste texto são de responsabilidade dos colunistas e não expressam necessariamente a opinião do portal LeoDias.

          Lady Gaga é a artista de alcance global mais próxima da unanimidade nos dias atuais. Em mais de 17 anos no topo, a cantora já fez um pouco de tudo e a cada projeto se prova mais versátil. No “Mayhem”, seu sétimo álbum de estúdio lançado nesta sexta (7/3), a artista retoma seu posto como Diva Pop em um álbum cheio de referências dos anos 1980 e ao início de sua própria trajetória.

          O disco começa com duas que já conhecíamos, “Disease” e “Abracadabra”. O “Mayhem” abre ao melhor estilo Dark Pop, com a essência da Gaga de “Poker Face”. A intenção clara é de abrir alas com duas canções mais animadas. O ritmo se mantém nas faixas seguintes.

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          Lady Gaga e Bruno MarsDivulgação
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          A cantora lançou "Abracadabra", do álbum que será lançado "Mayhem"Reprodução: YouTube/Lady Gaga
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          Lady Gaga em "Abracadabra"Reprodução: YouTube/Lady Gaga
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          Lady GagaReprodução: Instagram/Lady Gaga

          Na ótima “Garden Of Eden”, Gaga deixa o dark de lado mas se joga no pop. As batidas densas do verso combinam com o refrão explosivo. Ao vivo, essa canção promete.

          O clima permanece lá em cima com “Perfect Celebrity”. Aqui o dark retorna, e com traços de metal e rock, com guitarras mais gordurosas. A interpretação gótica lembra a banda Evanescence.

          A partir de “Vanish Into You”, as referências dos anos 1980 ficam evidentes. A quinta canção da tracklist é uma clara ode a Prince e David Bowie. Com um refrão mais light mas igualmente épico, Gaga emociona e entrega a melhor música do “Mayhem”.

          “Killah”, feat com Gesaffelstein, segue a mesma tendência da anterior. Com um groove sacolejante e com ainda mais traços de Bowie, a cantora entrega uma divertida e despretensiosa homenagem a um de seus ídolos. Se existisse um ambiente ideal para “Killah”, seria em um bar de música ao vivo com um bom drink na mão.

          As várias facetas de anos 1980 se mostram em “Zombieboy”, com traços de B-52 e uma guitarra que encanta até a pessoa mais emburrada da sala.

          Com um timbre country e bateria hipnotizante, “LoveDrug” lembra os melhores pops de Kylie Minogue e com um grito no final que vai emocionar os fãs das antigas pela similaridade com “Born This Way”.

          Na mais diferente do repertório, “How Bad Do U Want Me”, há uma performance mais melódica e um synth-pop mais exaltado. Esta faixa poderia, facilmente, estar no “1989” de Taylor Swift.

          A ritmo inicial já começa a perder espaço para uma cadência, e a responsável por isso é “Don’t Call Tonight”. Com um refrão calmo e um groove interessante, a canção abre bem o bloco final do “Mayhem”.

          Em “Shadow Of A Man”, a atmosfera é como a de uma girlband, mas o destaque é para os vocais de Lady Gaga no ponto perfeito.

          As baladas do álbum começam com “The Beast”. Esta é a mais fraca do CD, apesar da produção interessante.

          Quem reconecta o público com o álbum é a ótima e romântica “Blade Of Grass”, que Gaga escreveu para o noivo Michael Polanski. A performance vocal de Gaga em estilo de Jazz é uma delícia para os ouvidos. O “Love for Sale” segue vivo!

          O encerramento é responsável pelo smash hit “Die With A Smile”. Apesar de, provavelmente, ter sido incluída de última hora, ela fecha o disco de maneira épica e com muita familiaridade.

          O “Mayhem” é maduro e possui uma ótima produção. A coesão impressiona, com o começo mais dançante e o final mais carregado de emoção. Lady Gaga, depois de fracassos no cinema com “Casa Gucci” e “Coringa 2”, prova que é uma das maiores da história da música e capaz de consuzir multidões. O show em Copacabana em maio promete.

          Nota: 9,0

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