“Naipe” nas “Candjanga”: Cantor se inspirou em gírias para criar Resenha do Arrocha
Dono do hit de Carnaval explica significados dos termos usados na canção, que misturam memes e gírias populares da Bahia
“Resenha do Arrocha” já é uma forte candidata ao hit de Carnaval de 2025. Ao portal LeoDias, J Eskine, o dono da canção, revelou que misturou sucessos da cena baiana para criar a música, recheada de gírias e memes populares da região, com termos como “Naipe”, “Lá ele” e “Candjanga”. O cantor ainda explicou o significado dessas expressão para quem não está familiarizado com o dialeto da Bahia.
Eskine já contou que pegou pedaços de outras músicas para criar a canção que explodiu e atualmente ocupa o 1º lugar do Spotify Brasil. Além disso, o “gângster do arrocha” detalhou as gírias que marcam o ritmo contagiante da faixa, recheada de expressões do começo ao fim. O cantor até brincou, dizendo que, às vezes, as pessoas acham as gírias sem sentido.
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“Tem sentido, mas é sem sentido, tá ligado?”, ironizou o artista, que começou explicando o termo “Naipe”: “Primeiro, eu acho que o que pega é ‘Naipe’. Na Bahia, ‘Naipe’ se tornou uma gíria na dança, é o novo swing”, explicou. Por isso, o cantor repete diversas vezes na canção para celebrar a mistura do naipe com o arrocha.
De acordo com Eskine, outro elemento da música é a “batedeira invertida”, uma expressão que aparece entre as frases “olhou pro lado, parou, olhou para a cara da amiga”, que à primeira vista parecem sem sentido. No entanto, ele explicou que esses trechos fazem referência ao meme, “teile zaga”, e por isso, “narra” a cena.
Em terceiro lugar, vem o “lá ele”, expressão cada vez mais popular, mas que algumas pessoas ainda não sabem como usar: “Tem pessoas que usam de forma errada, o ‘lá ele’ a gente usa aqui para proteção de ato sexual, seja de qual gênero você for, a gente ‘fala lá ele’”, o cantor revelou que é para brincar com palavras de duplo sentido.
Por fim, e o mais famoso, Eskine explicou o que é “Candjanga”: “Aqui é uma nova gíria também daqui da região da Bahia, Salvador, mais especificamente, e faz jus, vamos se dizer assim, a mulher desprovida de beleza, mas que é pegável. É uma brincadeira assim”, o cantor finalizou o pequeno dicionário da “Resenha do Arrocha”.
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