Veja o que diz o laudo que busca provar que Adele plagiou a música “Mulheres”
Documento foi assinado pelo guitarrista da banda Angra

O portal LeoDias recebeu, e agora publica, com exclusividade os pontos levantados por Rafael Bittencourt, o guitarrista da banda Angra, no laudo que tenta provar o plágio de Adele da clássica “Mulheres” em “Million Years Ago”. A defesa de Toninho Geares, compositor da faixa, considera o documento “irrefutável”. Veja:
O texto enviado à Justiça na última sexta (14/3) contém 26 páginas, com uma longa dissertação de Rafael.
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O parecer conclui que há um alto grau de equivalência entre as duas obras, indicando a possibilidade de plágio. O documento aponta que as duas músicas compartilham elementos musicais essenciais, como sequência de acordes, melodia, ritmo e estrutura.
“Essencial entender que os elementos musicais como escalas, sistemas tonais, modais e até clichês harmônicos são de domínio público, assim como tijolos para a construção das músicas. Mas o que acontece aqui é um espelho, com sutis variações, da música original. Como se a planta da casa e todas as paredes e estrutura fossem idênticas, com a diferença no acabamento como pintura, modelo das janelas, cerâmicas, decoração etc. O compositor, nessa analogia seria o arquiteto, ainda que a casa seja construída e finalizada com diferenças de decoração e acabamento”, diz o guitarrista no documento obtido pelo portal LeoDias.
Ainda de acordo com o laudo, a progressão harmônica das canções é quase idêntica, com diferença de apenas um acorde, o que, segundo o perito, não foi uma escolha aleatória, mas um ajuste intencional para disfarçar a semelhança.
Além disso, quando sobrepostas, as músicas se encaixam perfeitamente em diversos momentos, o que, segundo Rafael, torna improvável que se trate de coincidência.
Outro ponto destacado é que a introdução de “Mulheres” e o refrão de “Million Years Ago” possuem harmonia e melodia extremamente semelhantes, reforçando a tese do plágio.
O perito ainda aponta que a pronúncia da palavra “Mulheres” em inglês se assemelha foneticamente a “Million Years”, o que reforçaria a relação entre as músicas.
“O ciclo de quartas na harmonia, o seu complemento com outra progressão, a ordem exata dos acordes, a tonalidade menor, estrutura da melodia e da letra, ritmo, pausas, acentos, a relação da introdução de uma com o refrão de outra, a fonética dos títulos, entre outras simetrias, como dois maços de um complexo baralho (que é o sistema musical), que depois de embaralhados intensamente pelo acaso apresentam exatamente a mesma ordem de cartas”, conclui o músico do Angra.
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