Adolescente implora em carta ao tribunal para ficar com a mãe: “Uma prisão”
A carta ainda denuncia a falta de respostas das autoridades e instituições que Moara procurou em busca de ajuda
A jovem Moara Luna Heiniger, de 14 anos, enfrenta mais um capítulo em sua luta para deixar a Suíça. Em uma carta enviada ao portal LeoDias, destinada ao tribunal suíço em maio de 2024, a adolescente fez um apelo emocionante, relatando o sofrimento vivido no local e reafirmando seu desejo de morar com a mãe, Neide, no Brasil.
“Eu quero que este tribunal respeite os meus direitos e me tire daqui o mais rápido possível. Essa casa é um inferno! Uma prisão!”, escreveu Moara, que afirmou ser impedida de se comunicar livremente. No relato, a jovem descreve um ambiente hostil, onde é constantemente ameaçada e repreendida pela madrasta, com quem diz não ter qualquer vínculo afetivo.
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A carta ainda denuncia a falta de respostas das autoridades e instituições que Moara procurou em busca de ajuda. “Pedi ajuda pra todo mundo, Nações Unidas e outras instituições, mas ninguém toma uma atitude para minha proteção e bem-estar”, desabafou. Para ela, estar com a mãe é a única forma de retomar sua liberdade e felicidade. “Minha família é minha mãe, meu padrasto Valentino e minha casa no Brasil.”
Confira a carta na íntegra:
“Eu quero que este tribunal respeite os meus direitos e me tire daqui o mais rápido possível. Como eu já tinha dito à Frau Liechti: eu não quero ficar aqui, mas também não quero ir para uma casa de adolescentes. O que eu quero é ficar com minha mãe até o final do processo! Essa casa é um inferno! Uma prisão! Com minha mãe eu sou livre pra falar com quem eu quiser sem precisar pedir pra nenhum juiz, bisbão ou qualquer outra pessoa. Aqui não posso nem falar com ela e só tenho permissão pra me comunicar com quem eles deixam. A Nicole não é nada minha e eu odeio ela, assim como odeio meu pai. Mesmo assim ela fica dando ordens, invadindo o meu quarto, meu banho, me ameaçando, gritando comigo e falando mal da minha mãe. Eu pedi ajuda pra Schutzhaus, Matchenhaus, Nações Unidas e outras instituições, mas ninguém toma uma atitude para minha proteção e bem-estar.
Escrevo essa carta como uma última opção de ter minha vida de volta e poder continuar vivendo, porque aqui nesse lugar não tenho razão de viver, principalmente sem minha mãe. Ela é tudo pra mim.
Eu espero que a senhora permita que eu fique com minha mãe para amenizar um pouco meu sofrimento e me proteger de ter que conviver com essas pessoas que não considero família.
Minha família é minha mãe, meu padrasto Valentino e minha casa no Brasil. 💖
Obrigada e espero uma decisão rápida!”
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