Funcionária acusa ministra conselheira de embaixada de obrigá-la a fazer massagens íntimas
A funcionária relatou que era abusada pela ministra conselheira Rutendo Faith Sagwete, da Embaixada do Zimbábue

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) concedeu uma medida protetiva a uma funcionária da embaixada do Zimbábue, após ela denunciar uma série de abusos cometidos, segundo afirma, pela ministra conselheira Rutendo Faith Sagwete. As informações são do portal G1.
A funcionária Monalisa Maparura, de 27 anos, chegou a ser considerada desaparecida antes de buscar apoio. A jovem denunciou que enfrentava longas e desgastantes jornadas de trabalho, além de ter sua alimentação rigidamente controlada. Entre as acusações mais graves, ela afirma ter sido forçada a realizar “massagens íntimas” na diplomata. Atualmente, Monalisa encontra-se acolhida em um local com endereço confidencial, por medida de segurança.
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O Ministério das Relações Exteriores, por meio de nota, informou que está ciente dos acontecimentos, embora não tenha recebido comunicação oficial sobre a decisão judicial que concedeu a medida protetiva.
O veredito do TJDFT estabelece que Rutendo Faith Sagwete mantenha distância da denunciante e impede qualquer tentativa de contato com Monalisa, “por qualquer meio”. A ordem foi expedida na última terça-feira (16/4), com base nos dispositivos da Lei Maria da Penha. Na decisão, a juíza Bianca Fernandes Pieratti ressaltou que estavam presentes os elementos legais necessários para o acolhimento do pedido, evidenciando o risco de novas agressões ou constrangimentos à vítima.
Declarações à polícia
Conforme depoimento prestado à Polícia Civil, Monalisa foi inicialmente contratada para atuar como cozinheira na residência do embaixador do Zimbábue no Brasil, Meshack Kitchen. Com o tempo, porém, passou a ser requisitada com frequência na casa de Rutendo Faith Sagwete, situada no Lago Sul, área nobre da capital.
Segundo seu relato, além das atividades domésticas, a diplomata exigia que ela realizasse “massagens diárias”, inclusive em “partes íntimas”. A funcionária relatou que era constantemente vigiada e não tinha liberdade de ir e vir, sendo autorizada a sair apenas com consentimento da conselheira. Até mesmo visitas ao médico ou idas à igreja dependiam da aprovação da superiora.
A jovem mencionou ainda ter adoecido em três ocasiões, sem poder buscar ajuda médica por conta própria. Em uma delas, relatou que “escorregou, quebrou um dente e desenvolveu uma infecção que atingiu sua bochecha; que, mesmo assim, não pôde ir ao hospital, sendo posteriormente ajudada por outra pessoa da embaixada”.
Além disso, Monalisa afirmou que a diplomata “frequentemente a incomodava, ligando insistentemente e exigindo que estivesse disponível a todo momento, não importando o horário”. Em um dos episódios mais extremos, disse ter passado a noite nas escadas do jardim da casa onde trabalhava, aguardando o amanhecer, pois era proibida de “entrar na residência após determinado horário”.
Desaparecimento
No dia 9 de abril a ministra conselheira foi até a 10ª Delegacia de Polícia, no Lago Sul, para registrar o sumiço de Monalisa. A essa altura, porém, a funcionária já buscava auxílio, alegando estar fugindo de uma rotina marcada por abusos.
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