Justiça dos EUA vai retirar pedido de redução de pena dos irmãos Menendez
O promotor do caso pediu para que os irmãos admitissem as mentiras contadas para encobrir o assassinato, mas teriam revelado apenas 4 de 20 mentiras

Os irmãos Lyle e Erik Menendez estão presos desde 1990, quando foram condenados por prisão perpétua pelo assassinato de seus pais, Jose e Kitty Menendez. De acordo com os irmãos, o crime só foi efetivado porque ambos sofriam abusos sexuais e psicológicos do pai e temiam pelas próprias vidas. Por isso, a defesa dos Menendez entrou com um pedido na Justiça, para que a pena dos irmãos seja reavaliada, porém o promotor público de Los Angeles, Nathan Hockman, afirmou que a promotoria deve retirar esse pedido do caso.
Hockman pediu para que os irmãos admitissem as mentiras sobre o assassinato durante todo o julgamento. “Apresentamos um caminho para que os irmãos Menendez possam, potencialmente, sair da prisão. Isso exige que, finalmente, depois de mais de 30 anos, eles reconheçam totalmente e assumam completa responsabilidade por toda a extensão dos crimes e por todas as mentiras que contaram”, afirmou o promotor, alegando que os Menedez só admitiram 4 das 20 mentiras que teriam falado na tentativa de encobrir o crime.
O advogado de defesa, Mark Geracos, contestou a afirmação e apontou para o TMZ, que seus clientes foram “interrogados por semanas e assumiram todas as mentiras”. Ainda acrescentou que o foco deveria ser na reabilitação dos irmãos e não em dar continuidade as etapas de julgamento.
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Lyle e Erik estão presos há 35 anos e o caso dos irmãos voltou a ganhar notoriedade depois do lançamento da série “Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos pais”, produzida pela Netflix e dirigida por Ryan Murphy. O pedido da defesa buscava retirar os irmãos da cadeia após cumprirem pena de três décadas, ou seja, 30 anos, a audiência que deve discutir a possível liberdade dos Menendez está prevista para o dia 20 de março.
Com a fama da série documental a história dos abusos sofridos pelos irmãos cresceu, dividindo opiniões sobre a necessidade da pena de prisão perpétua. Em outubro de 2024, o jornalista Robert Rand, que acompanha o caso há anos, fez uma busca no quarto do primo de Lyle e Erik, Andy Cano, que havia falecido e encontrou uma carta escrita pelos irmãos. No documento eles narraram o que sofreram vivendo com Jose Menendez. “Toda noite, fico acordado pensando que ele pode vir. Preciso tirar isso da minha mente. Eu sei o que você disse antes, mas estou com medo”, escreveu Erik.
Usada como uma das principais provas da defesa, a carta foi escrita meses antes do crime acontecer. Lyle e Erik estão agora com 54 e 57 anos.
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