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MP aponta que idosa envenenou nora por dias antes de aplicar dose letal

O promotor Marcus Tulio Alves Nicolino formalizou nesta terça-feira (1º/7) uma denúncia contra Elizabete e Luiz, acusando mãe e filho de feminicídio qualificado

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          O Ministério Público de São Paulo (MPSP) concluiu que a aposentada Elizabete Arrabaça, de 67 anos, envenenou a nora, a professora Larissa Rodrigues, 37, por um período de aproximadamente dez dias. O desfecho trágico ocorreu em 21 de março, quando ela teria ministrado uma dose letal de veneno. Larissa foi encontrada morta no dia seguinte, no apartamento em que vivia com o marido, o médico Luiz Antonio Garnica, 38 anos, em Ribeirão Preto, interior paulista.

          O promotor Marcus Tulio Alves Nicolino formalizou nesta terça-feira (1º/7) uma denúncia contra Elizabete e Luiz, acusando mãe e filho de feminicídio qualificado. Para ele, o crime foi planejado e teve como principal motivação o interesse financeiro. Ambos estão presos preventivamente desde 6 de maio.

          Veja as fotos

          Foto: Reprodução
          Luiz Antonio Garnica, Larissa Rodrigues e Elizabete ArrabaçaFoto: Reprodução
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          Luiz Antonio Garnica, Elizabete Arrabaça e Larissa RodriguesFoto: Reprodução
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          Luiz Antonio Garnica, Elizabete Arrabaça e Larissa RodriguesFoto: Reprodução
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          Luiz Antonio Garnica, Elizabete Arrabaça e Larissa RodriguesFoto: Reprodução
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          Luiz Antonio Garnica e Larissa RodriguesFoto: Reprodução

          Motivação financeira

          As investigações revelam que Larissa havia descoberto uma traição do marido e, diante disso, manifestou a intenção de procurar um advogado para dar início ao divórcio. A perspectiva de separação teria incomodado Luiz, que atravessava dificuldades financeiras e ainda ajudava financeiramente a amante.

          “Ele não estava em uma situação confortável financeira, a mãe também não. Então, com o divórcio, com certeza teria que dividir o apartamento que eles moravam e eventuais outros recursos, o que agravaria a situação financeira dele. Isso porque, além de ter que dividir o seu patrimônio, ele ainda estava ajudando a amante com uma certa quantia de dinheiro”, afirmou Marcus Tulio ao portal Metrópoles.

          Conforme a denúncia, Elizabete passou a visitar Larissa com frequência, levando alimentos preparados por ela. A suspeita é de que a aposentada tenha iniciado ali a administração gradual de veneno.

          “Há vários registros de que ela estava passando mal, sobretudo quando a sogra saía da casa dela ou levava algum alimento, alguma coisa [para comer]. Isso está materializado”, destacou o promotor.

          Na sexta-feira, 21 de março, Larissa enviou mensagens ao marido informando que daria entrada no processo de separação na segunda-feira seguinte. Ainda nesse mesmo dia, Elizabete teria ido até o apartamento e ministrado a dose fatal.

          A morte de Larissa foi constatada na manhã do dia seguinte, por volta das 10h.

          Versão do marido

          De acordo com o boletim de ocorrência, Luiz disse à polícia que, ao chegar em casa, chamou pela esposa, mas não obteve resposta. Ao procurá-la, encontrou Larissa caída no banheiro, inconsciente. Por ser médico, tentou reanimá-la e a levou até a cama para realizar manobras de emergência, sem sucesso. Em seguida, acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que constatou o óbito.

          Na ocasião, a morte foi considerada suspeita. Exames iniciais realizados pelo Instituto Médico Legal (IML) apontaram lesões no pulmão e no coração, além da presença de “cogumelo de espuma” — um indicativo médico que pode estar presente tanto em mortes naturais quanto em mortes violentas.

          Um segundo laudo, de natureza toxicológica, foi conclusivo: havia resquícios de chumbinho no organismo da professora. A descoberta levou a Polícia Civil a pedir a prisão de Luiz e Elizabete.

          Filha de Elizabete também morreu envenenada, indica laudo

          O caso de Larissa fez as autoridades voltarem os olhos para outra morte na mesma família: a de Nathalia Garnica, de 42 anos, filha de Elizabete e irmã de Luiz. Ela morreu em 9 de fevereiro, cerca de quase dois meses antes da morte de Larissa, na cidade de Pontal, também no interior paulista, e foi encontrada sem vida pela mãe.

          Na época, a morte foi tratada como natural. No entanto, após o resultado do exame toxicológico que confirmou o envenenamento de Larissa, a polícia pediu a exumação do corpo de Nathalia. O novo laudo indicou a presença da mesma substância tóxica.

          “Ela fez isso com a filha, achou que deu resultado, porque não se suspeitou de nada, se suspeitou apenas o que se confirmou na época, de que a filha tinha morrido de morte natural. Então, ela resolveu usar o mesmo método”, relatou Marcus.

          Segundo o MPSP, Elizabete teria se beneficiado financeiramente com a morte da filha, que era solteira e sem filhos. “Como a filha não era casada e não tinha filhos, com a morte dela, é claro que uma parte dos bens iria para a mãe”, disse o promotor.

          Após a prisão da aposentada, outra filha acessou suas contas e descobriu que Elizabete acumulava dívidas de aproximadamente R$ 320 mil, o que reforça a tese de que o dinheiro foi o principal incentivo para os crimes.

          Denúncia de feminicídio

          A Promotoria apresentou denúncia ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) com base em três qualificadoras: motivo torpe, uso de veneno (meio cruel ou insidioso) e impossibilidade de defesa da vítima.

          Além disso, Luiz Antonio também foi denunciado por fraude processual. Segundo o MPSP, ele teria manipulado a cena do crime para atrapalhar o trabalho da perícia e induzir a polícia ao erro.

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