Saiba como evitar o “golpe do falso advogado”, que fez David Brazil perder quase R$ 40 mil
David Brazil foi vítima de criminosos que se passaram pelo escritório de advocacia que o atende; OAB Nacional dá dica de como se blindar contra a fraude
O “golpe do falso advogado” tem enganado brasileiros de Norte a Sul do país. A vítima mais recente foi o influenciador David Brazil que, nessa quarta-feira (16/4), perdeu quase 40 mil reais após criminosos se passarem pelo escritório de advocacia que o atende em uma ação contra a Iberia Airlines. Para evitar que mais pessoas caiam nesse tipo de crime, o portal LeoDias reuniu as principais dicas da Ordem dos Advogados do Brasil, entidade que tem atuado no combate à fraude.
No “golpe do falso advogado” criminosos utilizam informações públicas sobre processos e sistemas informatizados para obter dados sensíveis das vítimas. Com isso, simulam comunicações oficiais e se passam por advogados ou servidores do Poder Judiciário, induzindo os destinatários a realizarem transferências bancárias indevidas. Normalmente, são pessoas que aguardam decisão judicial de ações trabalhistas, previdenciárias ou pedidos de indenizações. Os bandidos são convincentes e utilizam linguagem jurídica sofisticada. Em alguns casos, simulam a voz dos verdadeiros advogados.
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Como evitar
A principal dica para não cair nesse tipo de golpe é duvidar desse tipo de abordagem, e desconsiderar cobranças por aplicativos de mensagens, e-mails, e sempre se certificar com o próprio advogado, pelo número de telefone já conhecido, se o contato é verídico. “O que a pessoa deve fazer imediatamente é desconfiar, não necessariamente desconfiar do seu advogado ou da sua advogada, mas desconfiar desse tipo de abordagem. E não adiantar, sob nenhuma hipótese, nenhum valor até confirmar que se trata de um contato legítimo e verdadeiro do seu advogado ou da sua advogada”, afirma Beto Simonetti, presidente da OAB Nacional.
Recentemente, o Conselho Federal da OAB (CFOAB) solicitou ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, que a Polícia Federal conduza investigações sobre fraudes eletrônicas envolvendo a falsa identidade de advogados e servidores públicos.“A federalização da investigação se justifica não apenas pelo meio utilizado — a internet —, mas pelo alcance territorial dos golpes, que ultrapassam as jurisdições estaduais e comprometem a segurança jurídica dos credores”, ressaltou Simonetti.
Espelhamento de tela via WhatsApp
No caso de David Brazil, os golpistas utilizaram o espelhamento de tela do celular, em um recurso do WhatsApp. Assim que a vítima acessa o aplicativo do banco e digita seu nome de usuário e senha, os criminosos gravam a tela com todos os códigos de acesso à conta.
“Eles vieram com uma história de que a Iberia faria o pix, já descontando os impostos do governo. Me pediram a chave do pix, eu fiz uma e mandei. Eles disseram que eu teria de espelhar a tela do banco, para ter certeza que a conta era minha. Eu espelhei. E começaram a pedir para eu aceitar a transação, como se o pix estivesse entrando, mas estava era saindo. Foi um, foram dois, foram três… Por sorte eu estava com um amigo do lado, que me alertou”, explicou David Brazil.
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