Santa “maquiada”? Fiéis se revoltam com restauração de imagem em igreja de GO
Devotos afirmaram que a imagem perdeu sua verdadeira essência

O que era para ser apenas uma restauração da imagem de uma santa acabou gerando polêmica entre os moradores de Pirenópolis, no interior de Goiás. Segundo os fiéis, a intervenção alterou os traços originais da escultura de Nossa Senhora das Dores. Alguns chegaram a afirmar que o rosto da santa ficou “praticamente maquiado”.
A imagem data do século XVIII e está localizada na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário, um dos pontos turísticos mais conhecidos de Pirenópolis. Ela possui lágrimas no rosto, que simbolizam a tristeza de Maria ao ver Jesus morto após a crucificação.
Veja as fotos
Devotos afirmaram a TV Anhanguera que a imagem perdeu sua verdadeira essência. “Ela está sem a lágrima, sem a feição, está com cílios. Praticamente maquiada com blush. É a mãe de Jesus, nossa mãe e quando chega essa época a gente quer ir adorar, participar. Pede para ela porque o olhar da imagem é a gente, é a semelhança da gente (..) Aos olhos da gente, ela está transformada”, disse Helena Cristina de Pina.
“Nós observamos que mudou a cor da imagem. A técnica de pintura é diferente porque essas imagens antigas são pintadas com policromia, uma técnica que usa várias cores para dar tonalidades da pele, feição. E a pintura que tem lá é simples, alguém foi com o pincel, com uma tinta de uma cor só e pintou. Isso mudou completamente os traços da imagem, as características que ela tinha”, apontou mais um devoto, o jornalista Ronaldo Félix.
“Além do visual, nós observamos também na base da imagem, que é de madeira, resquício de tinta, tinta pintada, tem um prego que sustenta o pé dela. Esse prego estava pintado da mesma cor que pintaram o pé”, acrescentou.
Em entrevista à TV Anhanguera nesta segunda-feira (7/4), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) afirmou que a reforma não havia sido autorizada. Além disso, o Instituto pediu explicações à Diocese responsável a partir de um ofício. O prazo para o retorno é de 15 dias.
Margareth de Lourdes Souza, chefe substituta do escritório do Iphan em Pirenópolis, falou sobre o caso. “Não foi uma obra de restauração, pelo dano que causou à Nossa Senhora das Dores”, disse a representante que ainda revelou que essa não foi a única obra que foi restaurada sem permissão.
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