Anderson Torres nega envolvimento com minuta golpista encontrada em sua casa
Ex-ministro Anderson Torres afirma que minuta golpista encontrada em sua casa foi um erro e seria descartada

O ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, prestou depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (10/6) sobre o episódio envolvendo a descoberta de uma minuta com teor golpista em sua residência, durante operação da Polícia Federal no início de 2023. Segundo Torres, o documento foi parar em sua casa por uma “fatalidade” e ele não teve qualquer discussão direta com o presidente Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com o ex-ministro, o texto era um dos vários papéis rotineiros que circulavam no ministério sobre debates que estavam presentes em setores da sociedade e na internet naquele período. Ele relatou que o documento, que teria como objetivo estabelecer um decreto para instaurar estado de defesa e reverter o resultado eleitoral que deu vitória ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seria descartado.
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“Nunca tratei isso com o presidente. O documento foi organizado pela minha assessoria e acabou sendo levado para minha casa por engano. Era um material que deveria ter sido destruído, inclusive mal escrito, com erros de concordância e até o nome do tribunal errado”, declarou Torres durante o interrogatório.
A minuta foi encontrada durante busca e apreensão realizada em janeiro de 2023, em meio às investigações dos atos antidemocráticos que ocorreram em Brasília em 8 de janeiro daquele ano. Além da residência de Torres, versões semelhantes do documento foram encontradas em outros locais ligados ao ex-presidente Bolsonaro e a seus apoiadores.
No depoimento, Anderson Torres também relembrou sua atuação como secretário de Segurança Pública do Distrito Federal no início de 2023, destacando o protocolo de segurança preparado para conter os manifestantes que invadiram a sede dos três Poderes. Ele relatou que enviou mensagens e acionou autoridades locais para impedir o avanço das ações que culminaram nas depredações.
Torres chegou a ser preso preventivamente no início de 2023, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, sob suspeita de omissão durante os ataques de janeiro, mas teve a prisão revogada em maio do mesmo ano. Atualmente, responde aos processos em liberdade.
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