Catar promete retaliação após ataque iraniano a base dos EUA
País da península árabe denuncia violação de soberania e afirma ter interceptado ofensiva iraniana contra a maior base aérea americana na região

O Catar acusou o Irã de violar sua soberania ao disparar mísseis contra a base americana de Al-Udeid, localizada em Doha, e afirmou que poderá reagir diretamente ao ataque, seguindo os princípios do direito internacional. A investida iraniana, realizada nesta segunda-feira (23/6), foi apresentada por Teerã como uma resposta ao bombardeio realizado pelos Estados Unidos contra instalações nucleares iranianas no sábado (21/6).
A informação foi repassada pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed al-Ansari, no X. Segundo ele, a ofensiva foi classificada como uma transgressão grave à Carta da ONU e às normas internacionais. “Afirmamos que o Catar se reserva o direito de responder diretamente de maneira equivalente à natureza e à escala desta agressão descarada, em conformidade com o direito internacional”, declarou.
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As autoridades catarianas confirmaram que, por medidas de segurança, a base havia sido parcialmente evacuada antes do ataque. O Ministério da Defesa do país informou que nenhum ferido foi registrado e que os sistemas de defesa aérea interceptaram com sucesso os mísseis lançados. Imagens divulgadas nas redes sociais mostraram clarões no céu de Doha durante o ataque.
Fontes da inteligência árabe e israelense, citadas pelo site Axios, relataram o disparo de ao menos dez projéteis em direção ao Catar. Explosões foram ouvidas na capital, e alertas de emergência foram emitidos por países vizinhos, como o Bahrein. Também houve relato de lançamento de mísseis em direção ao Iraque.
A base de Al-Udeid é o maior posto militar americano na região do Golfo, com cerca de 10 mil militares. Nas últimas semanas, várias aeronaves e parte da equipe foram temporariamente retiradas por causa do aumento das tensões.
O Irã afirmou que seu contra-ataque teve o mesmo número de projéteis usados pelos EUA em sua ofensiva. Segundo o jornal The New York Times, Teerã teria informado o Catar com antecedência sobre os alvos para reduzir o risco de vítimas civis, já que a base está afastada de áreas densamente povoadas.
Além disso, a escalada militar ganhou mais um ator de peso: a Rússia. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou nesta segunda-feira (23/6) que Moscou se dispõe a mediar a crise e que está à disposição do Irã, caso o país solicite ajuda. Ainda não houve envolvimento militar direto russo no conflito.
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