Lula diz que estar no Mercosul “protege” os países do bloco, após crítica de Milei
O presidente da Argentina criticou a burocracia do Mercosul e sugeriu que seus membros estão submetidos a restrições

Nesta quinta-feira (3/7), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que estar no Mercosul “protege” os países que integram o bloco e garantiu que existe um certo tipo de “blindagem” contra guerras comerciais alheias. A declaração de Lula vai em contradição ao discurso do presidente da Argentina, Javier Milei, que opinou que as ações conjuntas do grupo acabaram por “prejudicar” a maior parte dos cidadãos.
“Toda a América do Sul se tornou uma área de livre comércio baseada em regras claras e equilibras. Estar no Mercosul nos protege. Nossa tarifa externa comum nos blinda de guerras comerciais alheias. Nossa robustez institucional nos credencia perante o mundo com parceiros confiáveis”, declarou o presidente do Brasil.
Veja as fotos
De acordo com Luiz Inácio Lula da Silva, um número cada vez maior de países está interessado em se aproximar do bloco. O presidente, que recebeu o comando do Mercosul pelo Brasil nos próximos seis meses, ainda afirmou que terá cinco prioridades: o fortalecimento do comércio entre os países do bloco e com parceiros externos; enfrentamento da mudança do clima e promoção da transição energética; desenvolvimento tecnológico; combate ao crime organizado e promoção dos direitos dos cidadãos.
“Enfrentaremos o desafio de resguardar nosso espaço de autonomia em um contexto cada vez mais polarizado. A presidência brasileira representará uma oportunidade para refletir sobre o lugar que almejam ocupar no novo tabuleiro global”, disse o presidente brasileiro durante a da reunião de cúpula do Mercosul, em Buenos Aires.
Javier Milei, por sua vez, criticou a burocracia do bloco e sugeriu que seus membros estão submetidos a restrições devido à regra de não poderem negociar por conta própria – uma “cortina de ferro”.
“Se o Mercosul foi criado com a intenção de nobre de integrar as economias da região, em algum momento esse norte foi afundando e a ação comercial conjunta terminou por prejudicar a maioria dos nossos cidadãos em prol de privilegiar alguns setores. A barreira que levantamos para nos proteger comercialmente em um momento que considerávamos valioso, terminou por nos excluir do comércio e da competição globais e acabou castigando nossas populações com piores bens e serviços a piores preços”, pontuou o presidente da Argentina.
Fique por dentro!
Para ficar por dentro de tudo sobre o universo dos famosos e do entretenimento siga @leodias no Instagram.
Agora também estamos no WhatsApp! Clique aqui e receba todas as notícias e conteúdos exclusivos em primeira mão.