Réu: Pablo Marçal é responsabilizado por perigo à vida de 32 pessoas em SP
O coach e político brasileiro está no olho do furacão, com denúncia acatada e decisão assinada por juíza nesta terça-feira (20/5). Saiba mais detalhes!
Após a denúncia do Ministério Público Estadual, a Justiça de São Paulo aceitou a mesma e Pablo Marçal (PRTB) tornou-se réu. A acusação é de que o empresário teria exposto a risco a vida de, no mínimo, 32 pessoas em uma expedição ao Pico dos Marins, em Piquete (SP), em janeiro de 2022. A decisão foi assinada nesta terça-feira (20/5) pela juíza Rafaela D’Assumpção Cardoso Glioche. A própria declarou no documento que a investigação apresenta elementos suficientes para que o processo criminal seja instaurado, fortalecendo a queixa do MP.
Com a decisão de Rafaela, Pablo será intimado e terá um prazo de 10 dias para apresentar sua resposta à acusação. Durante esse período, ele terá a oportunidade de coletar provas e testemunhas em sua defesa. O que foi citado na denúncia? A falta de guias, o período inadequado para expedição na montanha situada na Serra da Mantiqueira, condições meteorológicas desfavoráveis, incluindo neblina, rajadas de vento de 100 km/h e chuva. Além disso, também foi mencionada a questão das vestimentas, que não estavam apropriadas.
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De acordo com o Art. 132 do Código Penal, o político expôs a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente. Um acordo foi sugerido pelo Ministério Público, onde o coach teria que arcar com R$ 272 mil, como uma transação penal a fim de evitar os desdobramentos. Caso a personalidade da mídia aceitasse, o valor seria revertido para fins sociais, sendo destinado a uma entidade privada ou pública. Como não foram apresentados argumentos pela defesa de Marçal nos autos, a juíza decidiu avançar com a denúncia.
Confira trecho do documento obtido pelo G1, do Grupo Globo, apontando que o homem de negócios tenha coordenado a expedição em uma época negativa: “O denunciado capitaneou uma incursão com dezenas de pessoas (aproximadamente sessenta seguidores) na Serra da Mantiqueira (no local conhecido como Pico dos Marins), fazendo-o propositadamente em um período contraindicado para tal (ou seja, fora da ‘temporada de montanha’), nas mais adversas condições de tempo, sob o infundado pretexto de que as vítimas por ele guiadas precisariam correr riscos, enfrentando a natureza hostil daquele período, sem o que não seriam capazes de vencer e prosperar na vida”.
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