Sessões no Congresso são suspensas após pressão da oposição por reação à prisão de Bolsonaro
Alcolumbre e Motta cancelam atividades legislativas em meio a protestos de parlamentares contrários à decisão do STF

O Congresso Nacional enfrentou um início de semana conturbado. As sessões previstas para esta terça-feira (5/8) foram suspensas tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado, após a oposição intensificar protestos contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os anúncios foram feitos pelos presidentes das duas Casas legislativas. No Senado, Davi Alcolumbre (União) optou pelo cancelamento após parlamentares ocuparem a Mesa Diretora e exigirem que fossem pautados pedidos de impeachment contra Moraes. Na Câmara, Hugo Motta (Republicanos) também interrompeu os trabalhos e convocou uma reunião de líderes para esta quarta-feira (6/8), com o objetivo de discutir a pauta diante da crise instalada.
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A mobilização da oposição é motivada principalmente pela decisão judicial que determinou a prisão de Bolsonaro na segunda-feira (4/8). O grupo exige uma resposta institucional do Congresso e defende que o projeto de anistia a réus dos atos de 8 de janeiro seja colocado em votação.
Em nota oficial, Alcolumbre classificou a ocupação da Mesa como um “exercício arbitrário das próprias razões” e defendeu a necessidade de retomada dos trabalhos com “respeito, civilidade e diálogo”. “Precisamos retomar os trabalhos com serenidade, para que o Congresso siga cumprindo sua missão em favor do Brasil e da nossa população”, afirmou.
Já o presidente da Câmara adotou tom semelhante. Em publicação nas redes sociais, Motta informou o encerramento da sessão e reafirmou que a definição da pauta seguirá sendo feita com base no diálogo entre as lideranças partidárias. Mais cedo, em agenda na Paraíba, ele afirmou que não comentaria a decisão de Moraes, mas reforçou que decisões judiciais devem ser cumpridas.
“O legítimo direito de defesa tem que ser respeitado, que é um direito de todos, mas decisão judicial deve ser cumprida. Não cabe aqui nem ao presidente da Câmara, nem a ninguém, estar comentando ou qualificando essa ou aquela decisão”, disse Motta.
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