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Comer placenta faz bem para saúde da mãe? Especialistas avaliam método aderido por famosos

O DJ Calvin Harris surpreendeu ao mostrar que a placenta da esposa foi transformada em cápsulas para ingestão pós-parto

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          Calvin Harris anunciou o nascimento do filho Micah, nas redes sociais, na última segunda-feira (4/8), e surpreendeu ao compartilhar imagens do processo de desidratação da placenta da esposa, Vick Hope, até a transformação em cápsulas para ingestão pós-parto. A publicação do renomado DJ escocês levantou questionamentos sobre a prática. Realmente existem benefícios para a saúde da mãe ao comer a placenta? Especialistas foram entrevistados pelo portal LeoDias para esclarecimento. Confira!

          Adriane Dias, nutricionista do portal LeoDias, explicou que a prática de comer a placenta também é conhecida como placentofagia. Ela adotada por grupos que acreditam em seus supostos benefícios para a recuperação pós-parto. No entanto, a ciência ainda não comprova esses efeitos.

          Veja as fotos

          Reproduçã/Instagram @calvinharris
          Calvin Harris anuncia nascimento do 1º filhoReproduçã/Instagram @calvinharris
          Reprodução Instagram
          Desenho da placenta de Kelly GishReprodução Instagram
          Reproduçã/Instagram @calvinharris
          Calvin Harris anuncia nascimento do 1º filhoReproduçã/Instagram @calvinharris

          O método seria utilizado para o benefício da saúde da mãe após o nascimento do bebê. Mas segundo revisões recentes, não há evidência consistente de que essa prática:

          • Previna depressão pós-parto;
          • Aumente os níveis de ferro;
          • Melhore a produção de leite;
          • Acelere a recuperação hormonal.

          Estudos controlados não observaram diferenças entre o uso de cápsulas de placenta e placebos. Além disso, há riscos concretos, como a presença de metais pesados ou hormônios não processados corretamente, e reações adversas como náusea e insônia. Vale destacar que, durante a gravidez, a placenta age como um filtro, acumulando substâncias potencialmente nocivas, como metais pesados e bactérias.

          No Brasil, a ANVISA não reconhece o consumo humano de placenta, e muitos hospitais tratam a placenta como resíduo biológico, regulamentando sua destinação. Além disso, a OMS (Organização Mundial da Saúde) e a CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) desaconselham a ingestão.

          Para famílias que desejam eternizar esse momento sem riscos, uma opção crescente no Brasil, inclusive em hospitais públicos, são os “desenhos com placenta”, onde o órgão é usado para criar uma marca artística em papel, simbolizando a vida e a conexão mãe-bebê. Essa prática, além de emocionalmente significativa, elimina os perigos associados ao consumo.

          O ginecologista e obstetra do Hospital Saint Patrick, Marcelo Koji Ota, ressaltou que o procedimento pode trazer malefícios à saúde: “Além de eu nunca ter visto um uso amplamente divulgado, cientificamente, eu não recomendo porque é material biológico. É a mesma coisa que, por exemplo, pegar um produto de cirurgia, ou seja, alguma coisa retirada cirurgicamente de dentro de alguém, e você processar aquilo para a pessoa engolir. Então não é uma coisa que vai fazer bem, não é recomendado”, destacou.

          O médico ainda alertou sobre o risco de contaminação: “Se o material não for corretamente esterilizado e processado, por tratar-se de um material que pode ser um meio de cultura, qualquer microorganismo pode crescer nele. A pessoa pode ter uma contaminação, como, por exemplo, se comesse carne estragada. Esse é o risco”, pontuou.

          Já a especialista Hérika Sanches, farmacêutica e sócia da Atual Phyto, frisou que não existem estudos científicos que demonstram a eficácia de encapsular a placenta: “Em 25 anos atuando como farmacêutica, tenho visto algumas notícias sobre isso. Mas alerto que tal prática contém risco elevado de contaminação. Infelizmente, mesmo sendo uma prática condenada, algumas pessoas vêm buscando ela. Mesmo que a empresa escolhida manipule a placenta de forma efetiva, depois de liofilizada, ela ainda pode conter microorganismos prejudiciais à saúde”, concluiu

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