Datena diz que “errou, mas não se arrepende”; Marçal chama cadeirada de “esbarrão”
Apresentador declarou que "espera ter lavado a alma" com a cadeirada em Marçal, que por sua vez afirmou que vai ao IML devido à agressão
Nesta segunda-feira (16/9), Datena se pronunciou em uma nota oficial sobre a polêmica cadeirada em Pablo Marçal durante o debate na TV Cultura. No texto, ele cita que não defende a violência para resolver conflitos, mas que não se arrependeu do ato e faria de novo. Já Marçal, apesar de ter chamado a agressão de “tentativa de homicídio” durante a madrugada, chamou o incidente de “esbarrão” em uma live no Instagram.
“Não defendo o uso da violência para resolver um conflito. Essa é a regra e sempre a respeitei nos meus 67 anos de vida. Até o dia de ontem. Porque torna-se difícil obedecê-la quando os limites de civilidade são rompidos e corrompidos por um oponente. Infelizmente, foi o que aconteceu na noite deste domingo durante debate promovido pela TV Cultura”, justificou Datena no início do comunicado.
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O apresentador chamou as acusações contra ele, feitas pelo coach, de falsas e graves e reforçou que não se arrepende do que fez: “Errei, mas de forma alguma me arrependo. Preferia, sinceramente, que o episódio não tivesse ocorrido. Mas, fossem as mesmas as circunstâncias, não deixaria de repetir o gesto, resposta extrema a um histórico de agressões perpetradas a mim e a muitos outros por meu adversário”. Datena ainda diz que espera ter “lavado a alma” de milhões de pessoas com o gesto.
Já Marçal, que deixou o Hospital Sírio Libânes de São Paulo na manhã desta segunda-feira (16/9), fez uma live no Instagram antes de receber a alta, afirmando que a cadeirada foi apenas um “esbarrão”. Horas antes, ele havia chamado de “tentativa de homícidio”. Ele declarou que irá fazer o corpo delito no IML e chamou Datena de “lento”.
“Uma cena deprimente. Vou sair daqui e vou fazer o corpo delito no IML. Não tem como, não faz sentido o cara fazer um negócio desse. Não faz sentido. Então assim, foi um esbarrão, tá tudo certo, todo mundo aqui sabe, um comedor de açúcar daquele tamanho, ele é mais lento que um bicho preguiça, mas eu fui uma oferta ali, só pro povo sentir o que que é uma pessoa que não tem medo, o que que é alguém levar pelo povo”, disparou o candidato.
Segundo a nota publicada pelo Hospital Sírio Libânes nesta segunda-feira (16/9). Marçal sofreu um traumatismo no tórax e no punho. Vale lembrar também que Marçal abriu um BO contra o jornalista por lesão corporal.
Leia abaixo a nota de Datena na íntegra:
Não defendo o uso da violência para resolver um conflito. Essa é a regra e sempre a respeitei nos meus 67 anos de vida. Até o dia de ontem.
Porque torna-se difícil obedecê-la quando os limites de civilidade são rompidos e corrompidos por um oponente. Infelizmente, foi o que aconteceu na noite deste domingo durante debate promovido pela TV Cultura.
Pablo Marçal demonstrou, em todas as situações a que teve oportunidade, sua falta de caráter. Demonstrou, ainda, que é uma ameaça à cidade de São Paulo. Será detido no voto.
Mas, a despeito disso, precisava também ser contido com atos. Foi o que eu fiz.
Eu sou um cara de verdade e, com um gesto extremo, porém humano, expressei minha real indignação por ter, de forma reiterada, sido agredido verbal e moralmente por um adversário que, como todos têm podido constatar, afronta a todos com desrespeito e ultraje, ao arrepio da ética e da civilidade.
As acusações que Marçal me fez diante de milhões de pessoas são graves. E absolutamente falsas.
Usando linguagem de marginais, algo que lhe é tão peculiar, feriu minha honra e maculou minha família, já machucada pela perda de um ente querido em decorrência do mesmo episódio agora novamente imputado a mim de forma vil pelo meu adversário.
Errei, mas de forma alguma me arrependo. Preferia, sinceramente, que o episódio não tivesse ocorrido. Mas, fossem as mesmas as circunstâncias, não deixaria de repetir o gesto, resposta extrema a um histórico de agressões perpetradas a mim e a muitos outros por meu adversário.
Espero, com minha atitude, ter mostrado, de uma vez por todas, o risco que a candidatura de Pablo Marçal representa para a integridade das pessoas, para a nossa democracia e para a sobrevivência de milhões de cidadãos que dependem da atuação da prefeitura de São Paulo para ter uma vida menos indigna.
Espero, também, ter lavado a alma de milhões de pessoas que não aguentavam mais ver a cidade tratada com tanto desprezo e desamor por alguém que se propõe a governá-la, mas que quer mesmo é saqueá-la, de braços dados com o crime organizado.
Continuarei a disputa pela prefeitura de São Paulo para realizar meu sonho de fazer de São Paulo uma cidade melhor, que ofereça uma vida digna aos que mais precisam. E também para defender a nossa democracia ameaçada por figuras como Pablo Marçal que querem o obscurantismo e não o bem da cidade e de sua população.
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