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Ex-Malhação, Thaís Vaz vai às redes sociais e rompe o silêncio sobre agressão

Atriz perdeu a visão de um olho após agressão do ex, aos 19 anos

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          Atenção: a matéria a seguir traz relatos sensíveis de agressão e abuso sexual e pode ocasionar gatilhos sobre estupro, violência contra a mulher e violência doméstica. Caso você seja vítima deste tipo de violência, ou conheça alguém que passe ou já passou por isso, procure ajuda e denuncie. Ligue para o 180.

          Uma tragédia pessoal vivida aos 19 anos transformou por completo os caminhos da atriz Thaís Vaz. Conhecida por interpretar Flávia na temporada de 2004 da novela “Malhação”, da Globo, hoje – aos 44 anos – a artista compartilhou publicamente a violência que sofreu em um relacionamento abusivo; um episódio que resultou na perda total da visão do olho esquerdo. “A informação salva vidas”, afirmou a artista, que compartilhou o caso pela primeira vez em seu Instagram no último dia 6 de julho.

          O episódio mais grave aconteceu durante um Carnaval em Cabo Frio, quando o então namorado de Thaís, em um acesso de fúria, socou uma janela de vidro que se estilhaçou e atingiu em cheio o rosto da atriz. As consequências foram devastadoras: deslocamento de retina, corte na córnea, catarata traumática e, após um ano e meio de cirurgias, a perda irreversível da visão.

          Veja as fotos

          Reprodução: Instagram/@thaisvaz
          Thaís Vaz, ex-MalhaçãoReprodução: Instagram/@thaisvaz
          Reprodução: Arquivo Globo
          Thaís Vaz em "Malhação" 2004Reprodução: Arquivo Globo
          Foto: Silvana Nascimento
          Thaís VazFoto: Silvana Nascimento
          Foto: Rael Barja
          Atriz está com 44 anosFoto: Rael Barja
          Reprodução: Arquivo Globo
          Thaís Vaz em "Malhação" 2004Reprodução: Arquivo Globo

          “Sim, eu fiquei cega depois desse relacionamento tóxico que eu tive aos 19 anos. Só que é só do olho esquerdo. Uso uma lente escleral, que é uma prótese ocular que fica esteticamente igual, mas ela não influencia em nada na minha visão. Meu olho ficou doente, é um olho atrofiado, então eu uso essa lente pra eu conseguir trabalhar”, contou em suas redes sociais.

          Os primeiros sinais do comportamento tóxico vieram disfarçados de ciúmes e controle, como no episódio em que ele impôs que ela parasse de desfilar de biquíni. O pedido de namoro surgiu em tal contexto de censura. Depois, a violência escalou: da manipulação verbal a agressões físicas, como um soco na costela. “E eu ainda fui atrás dele, porque já não tinha mais amor próprio”, lamentou.

          O impacto do trauma não se restringiu ao corpo. No hospital, Thaís disse ter sido mal atendida, e lembra que ficou na mesma sala de espera que o agressor, em uma maca fria, ignorada pela equipe médica. Mesmo assim, ela não desistiu da carreira. Um ano e meio depois, ingressou no elenco de “Malhação”, mesmo sem contar à produção sobre a perda de visão. Só mais tarde descobriu que havia em seu cadastro uma anotação para que reparassem em seu olho esquerdo, algo que acredita ter restringido suas oportunidades futuras na TV.

          Hoje, além de atriz, Thaís é dramaturga e diretora. Ela está à frente do espetáculo “Hiena: o riso sobre o tóxico”, inspirado em sua própria trajetória. A peça tem o objetivo de circular por comunidades fora do eixo Rio-São Paulo, acompanhada de debates com ONGs locais sobre abuso e prevenção à violência contra a mulher.

          A artista também está desenvolvendo o documentário “Mulher Coragem”, que reúne depoimentos de artistas com deficiência. O projeto, com dificuldades de captação de recursos, é uma forma de dar visibilidade à inclusão no meio cultural. “É uma representatividade importante”, afirmou ela.

          Desde que passou a expor sua história, Thaís diz receber mensagens de mulheres que se viram em sua narrativa. “Uma me contou que foi deixada na cadeira de rodas por um ex. Outra, amiga minha, largou o namorado depois que ouviu meu relato. Se eu mudar a vida de uma pessoa, já vale. O teatro tem esse poder”.

          Para Thaís, o foco não é o agressor, mas o caminho para o reconhecimento dos sinais e a reconstrução após o trauma. “No começo, o cara não é um monstro. Você se apaixona primeiro. Depois vêm os abusos”, contou. Sua missão, no momento, é usar a própria dor como combustível para transformar vidas.

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