Centro TEA aposta na inclusão e oferece capacitação para pessoas com autismo em SP
Centro oferece atividades de socialização, capacitação profissional e inclusão em um ambiente acolhedor e adaptado
Recém-inaugurado em São Paulo, um novo Centro TEA Paulista chegou com a proposta de promover inclusão, capacitação e socialização para pessoas com Transtorno do Espectro Autista. Diferente de um ambiente clínico, o espaço funciona como um centro de atividades, oferece apoio para a inserção no mercado de trabalho, além de contribuir para a conscientização.
Para se aprofundar no assunto, o portal LeoDias conversou com Amanda Ramos Santos, assessora de Inclusão do Centro, e também com Paulo César, funcionário autista da unidade, que compartilharam suas experiências e olhares sobre a importância desse projeto, que é totalmente gratuito e foi implantado pelo Governo do Estado de São Paulo.
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Para Amanda, oferecer apoio para pessoas autistas na vida adulta começa por escutar, garantir acessibilidade e criar oportunidades reais. Ela reforça que a inclusão não é favor, é direito, mesmo que muitas pessoas ainda carreguem o estigma de que pessoas com autismo não podem namorar, trabalhar ou até mesmo socializar.
Em relação ao mercado de trabalho, Amanda avalia que ele ainda não está preparado. “Existem muitos preconceitos, falta de informação, ambientes não acessíveis, e é urgente que a gente quebre essas barreiras”, destaca. Ela explica que o projeto tem como objetivo fortalecer a autonomia, a comunicação e a autoestima justamente para que pessoas autistas possam ocupar esses espaços.
Funcionário da unidade, Paulo César teve o diagnóstico de autismo fechado aos 29 anos, mas desde a infância já apresentava muitos traços que as pessoas não compreendiam. Ao longo da vida, enfrentou várias dificuldades até chegar na descoberta. Durante muito tempo, ele sentiu que sempre faltava uma peça para se encaixar, inclusive no mercado de trabalho.
Paulo relata que enfrentou preconceito e barreiras no mercado de trabalho, o que causou angústia, frustração e traumas, levando-o a buscar apoio profissional. Atualmente, ele se sente acolhido no Centro TEA, onde suas necessidades são respeitadas. Como conselho, destaca a importância de procurar ajuda, seguir o tratamento e participar de programas de empregabilidade inclusiva.
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