CFM proíbe o uso de anestesia geral e sedação para realização de tatuagem
A medida foi tomada em meio a crescentes relatos de uso de anestesia em sessões de tatuagem, prática que vinha sendo popularizada inclusive entre celebridades

O Conselho Federal de Medicina (CFM) determinou que está proibido o uso de anestesia geral, sedação ou bloqueios anestésicos em sessões de tatuagem. A medida foi publicada nesta segunda-feira (28/7) no Diário Oficial da União.
Segundo o texto da resolução, a restrição se aplica independentemente do tamanho ou da localização da tatuagem no corpo. A única exceção prevista é para procedimentos com finalidade médica, como intervenções de caráter reconstrutivo.
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A medida foi tomada em meio a crescentes relatos de uso de anestesia em sessões de tatuagem, prática que vinha sendo popularizada inclusive por personalidades públicas. Um dos casos que chamaram a atenção foi o do empresário e influenciador Ricardo Godoi, de 46 anos, que faleceu em janeiro deste ano em um hospital particular de Itapema (SC), após supostamente ter sido submetido a anestesia geral antes de se tatuar.
Esse tipo de abordagem era adotado por alguns famosos. O cantor Igor Kannário, por exemplo, optou por “fechar o corpo” em apenas uma sessão. Já Rafaella Santos, irmã do jogador Neymar, tatuou um leão nas costas sob sedação.
Outro a relatar o uso de anestesia foi o cantor MC Cabelinho. “Contratei uma equipe médica, fechei uma sala de cirurgia, os médicos disseram que era possível e eu tomei anestesia geral, dormi por 8 horas, fiquei entubado, porque era nas costas. Tatuei as costas toda”, contou durante entrevista ao programa “Na Piscina com Fê Paes Leme”.
A morte de Godoi também reacendeu o debate sobre os limites e os riscos de aplicar anestésicos em procedimentos estéticos.
Entenda as diferenças
A anestesia geral é utilizada em ambiente hospitalar, com a presença de estrutura adequada e profissionais especializados. Durante o procedimento, o paciente perde totalmente a capacidade de respirar por conta própria e precisa de ventilação mecânica.
Já a sedação pode variar de leve a profunda. Ela reduz a percepção da dor e leva o paciente a um estado de sono, mas não impede que ele acorde durante o processo. Existem clínicas autorizadas pela Anvisa que podem realizar intervenções com esse tipo de sedação, desde que respeitem as normas sanitárias e os protocolos de segurança.
Com a nova norma, o CFM busca limitar o uso desses recursos a casos estritamente médicos, reforçando que procedimentos como tatuagens não justificam, por si só, o uso de anestésicos que apresentam riscos à saúde quando mal administrados.
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