Médica explica quando o cansaço pode ser sinal de disfunção na tireoide
Em entrevista ao portal LeoDias, a endocrinologista Fernanda Parra esclarece que preguiça constante, inchaço e dificuldade para emagrecer podem estar ligados a desequilíbrios hormonais que muitas vezes não são identificados em exames tradicionais

Muitas pessoas enfrentam diariamente sintomas persistentes como fadiga intensa, sensação de inchaço, dificuldade para emagrecer e alterações no sono ou no humor, mesmo com exames laboratoriais dentro dos padrões considerados normais. Em entrevista ao portal LeoDias, a endocrinologista Fernanda Parra explica que esses sinais podem estar relacionados a desequilíbrios que não são detectados em testes tradicionais.
“Os exames de rotina são fundamentais, mas nem sempre suficientes. Muitas alterações sutis, principalmente hormonais ou inflamatórias, podem passar despercebidas nos resultados”, informa a médica, especialista em saúde metabólica.
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De acordo com ela, entre os principais fatores que podem explicar esses sintomas, mesmo com exames normais, estão desequilíbrios hormonais leves, inflamação de baixo grau, alterações na microbiota intestinal e deficiências nutricionais específicas.
“Alterações discretas no funcionamento da tireoide ou nos níveis de cortisol, conhecido como hormônio do estresse, podem causar sintomas mesmo quando os exames indicam resultados dentro da referência”, ressalta Fernanda.
A endocrinologista alerta ainda que estados inflamatórios leves e persistentes, muitas vezes relacionados ao estilo de vida ou à alimentação, podem interferir no metabolismo e na disposição, sem aparecer nos exames convencionais. “A saúde intestinal desempenha um papel cada vez mais reconhecido no bem-estar geral. Alterações na microbiota, por exemplo, estão ligadas a problemas como inchaço, distúrbios digestivos e até impacto na saúde mental”, diz a médica.
Fernanda também afirma que, mesmo com níveis “aceitáveis” de vitaminas e minerais nos exames, o organismo pode apresentar sintomas de deficiência, especialmente quando há má absorção ou maior demanda individual.
“Fatores como estresse contínuo, noites mal dormidas e sedentarismo também influenciam o equilíbrio hormonal e metabólico, contribuindo para sintomas persistentes. É fundamental ir além dos exames básicos. Avaliações clínicas mais completas, com exames funcionais, hormonais detalhados e testes de inflamação, podem oferecer uma visão mais ampla da saúde do paciente”, sugere.
“A escuta ativa e a análise individualizada são essenciais. Nem tudo que afeta o bem-estar aparece nos exames. O olhar clínico atento ainda é o principal instrumento diagnóstico”, emenda a especialista, acrescentando que além da investigação médica, medidas como alimentação balanceada, prática regular de exercícios, sono de qualidade e estratégias de redução do estresse são recomendadas para ajudar na regulação do organismo.
“Sintomas como fadiga, inchaço e dificuldade para emagrecer não devem ser ignorados mesmo com exames normais. Buscar avaliação médica especializada e considerar um olhar mais amplo sobre o corpo são caminhos importantes para restabelecer a saúde e o equilíbrio”, finaliza a médica.
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