Médicos explicam cirurgia e recuperação de Pedro Sampaio após rompimento de ligamento
O portal LeoDias conversou com dois especialistas sobre o assunto
Pedro Sampaio compartilhou com seus fãs nesta semana que passou por uma cirurgia no joelho. O procedimento foi realizado para tratar uma lesão causada por um acidente ocorrido durante um show no Rio de Janeiro, no dia 12 de janeiro. O portal LeoDias conversou com os ortopedistas Pedro Ribeiro e Isaías Chaves para discutir o assunto e explicar o processo de recuperação do cantor.
Inicialmente, Pedro Ribeiro explicou sobre a importância do ligamento cruzado anterior (LCA), tecido que o DJ rompeu durante um show. “O ligamento cruzado anterior é uma das principais estruturas que estabiliza o joelho, conectando o fêmur à tíbia. Sua função principal é evitar que a tíbia deslize excessivamente para frente em relação ao fêmur, especialmente durante rotações bruscas e mudanças de direção.”
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“As lesões do LCA são comuns, principalmente em esportes que envolvem giros rápidos ou desacelerações abruptas, como futebol e basquete. Porém, também podem ocorrer devido a traumas diretos, colisões ou pousos incorretos, como foi o caso de Pedro Sampaio”, complementou.
Os ortopedistas esclareceram que o tratamento de lesões no LCA geralmente é cirúrgico, com a reconstrução do ligamento utilizando enxertos do próprio paciente ou de tendões.
Sobre o processo de recuperação, Isaías Chaves, ortopedista especialista em joelho e quadril, disse: “A fisioterapia começa no dia seguinte à cirurgia, com foco em medidas anti-inflamatórias, redução do inchaço e ganho de mobilidade, desde que não haja lesões associadas, como meniscos danificados. O paciente já começa a treinar a marcha e readequar o jeito de andar.”
“Geralmente, com 30 dias, o joelho já tem a aparência normal, e o paciente consegue andar sem apoio entre 15 a 30 dias. No entanto, a reabilitação é um processo longo, com o ligamento cicatrizando completamente em cerca de 7 meses”, acrescentou.
Ele ainda ressaltou que, para atividades mais exigentes, como saltos e danças, o retorno completo leva cerca de 7 meses a 1 ano. Embora o paciente já sinta uma grande melhora após 4 meses, ele alertou sobre a importância de evitar movimentos bruscos, pois o ligamento ainda pode estar frouxo, aumentando o risco de lesão.
O ortopedista Pedro Ribeiro ressaltou que, para prevenir a lesão, é importante fortalecer a musculatura do quadríceps, da coxa e da perna, além de controlar o peso e manter a atividade física. No entanto, caso o trauma aconteça, as técnicas atuais são avançadas, minimamente invasivas, permitindo que o paciente retorne as atividades físicas e tenha uma vida normal após a reconstrução do ligamento.
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