Surto de fungos relatado por Maíra Cardi alerta para perigos à saúde; especialista explica como prevenir
A influenciadora encontrou cogumelos crescendo no sistema de climatização de seu escritório, um sinal de alerta sobre a importância da manutenção dos objetos

O episódio inusitado relatado por Maíra Cardi nessa segunda-feira (5/5), ao encontrar cogumelos dentro do ar-condicionado de seu escritório, trouxe à tona uma ameaça silenciosa, mas recorrente, em ambientes climatizados: a proliferação de fungos e bactérias. Apesar do tom descontraído do vídeo publicado nas redes, a influenciadora revelou que alguns membros de sua equipe apresentaram sintomas respiratórios, um sinal claro de que o problema pode afetar diretamente a saúde.
“Simplesmente, no meu ar-condicionado tem cogumelo. Como? Não sei, mas eu fiquei com medo de cheirar isso e ficar doidona”, comentou Maíra, ao mostrar o equipamento contaminado. Segundo ela, o aparelho era novo e pouco utilizado, mas estava conectado a outros nove sistemas e funcionava continuamente, sem nunca ter passado por uma limpeza.
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Conforme o engenheiro mecatrônico Patrick Galletti, especialista em climatização, relatou ao portal LeoDias, esse tipo de contaminação, embora chocante, não é tão raro quanto se imagina. “A combinação entre umidade, poeira acumulada e temperatura constante cria o ambiente ideal para o crescimento de microrganismos. Sem manutenção, o sistema acaba se tornando um vetor de contaminação”, explicou.
Em sistemas que permanecem ligados por longos períodos, sem ventilação eficiente ou escoamento adequado da água, a umidade acumulada em bandejas e serpentinas cria um ambiente fértil para fungos. A presença de poeira, fibras e esporos em suspensão completa o cenário ideal para o surgimento até mesmo de estruturas visíveis, como cogumelos. “É raro, mas possível. Quando isso acontece, é sinal de que o nível de contaminação está extremamente elevado”, reforçou Galletti.
Para evitar esse tipo de ocorrência, a manutenção preventiva é essencial. De acordo com o especialista, em residências, o ideal é que os filtros sejam limpos uma vez por mês. Já em escritórios, clínicas e outros espaços com alta circulação de pessoas, a limpeza geral dos equipamentos e dutos deve acontecer a cada três meses ou mensalmente, dependendo da intensidade de uso.
A tecnologia também tem contribuído para o controle da qualidade do ar. Sistemas equipados com sensores de CO2, umidade, ionizadores e filtros HEPA já são comuns em projetos modernos. “Os sensores identificam alterações nos níveis de poluentes e umidade no ambiente e ativam automaticamente o sistema de ventilação ou purificação, impedindo a formação de colônias de fungos”, explicou Galletti.
Quando o sistema de climatização é compartilhado entre várias salas ou unidades, como em edifícios comerciais, a atenção precisa ser redobrada. Nesses casos, a responsabilidade sobre a qualidade do ar é coletiva, e a manutenção precisa seguir um cronograma definido pela administração, conforme determina a Lei 13.589/2018. “Se um equipamento está contaminado, ele pode comprometer os demais ambientes conectados”, alertou o engenheiro.
Além do desconforto, negligenciar a higienização dos aparelhos pode provocar sérios riscos à saúde, como crises alérgicas, dificuldades respiratórias e infecções. O ideal é, quando identificar o mofo ou odor forte, desligar imediatamente o sistema e procurar um inspetor técnico para analisar o aparelho, como orientou o especialista.
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