Temporada de gaveta de Malhação pode ser lançada no Globoplay
Na pandemia de 2022 a emissora exibiu pela última vez o folhetim
Fora da grade de programação da TV Globo desde janeiro de 2022, quando foi reprisada na pandemia a temporada Sonhos (2014-2015), a novela Malhação pode voltar às telinhas em um novo formato, indo direto para o streaming.
As informações são do Na Telinha. Uma sinopse inédita, chamada Eu Quero É Ser Feliz, é cotada para virar série no Globoplay. Os responsáveis são os irmãos Eduardo e Marcos de Carvalho e ela foi para gaveta com o fim do folhetim depois de 26 anos no ar. A emissora solicitou à dupla de roteirista que atualizasse a trama para um “nova” avaliação. A temporada Viva a Diferença (2017) gerou o spin-off As Five, alcançando repercussão positiva na plataforma.
A encomenda aos irmãos Carvalho ocorreu antes da saída de Erick Brêtas, responsável pelo Globoplay, mas a expectativa é de que o novo chefão, Manuel Belmar, continue com alguns planos do antigo executivo.
Sinopse de Eu Quero É Ser Feliz
A história e passa em uma escola avaliada como uma das piores do país, mas a situação começa a mudar quando os próprios alunos assumem o poder dentro da instituição. Os protagonistas incluem personagens como Doralice, jovem preta, gorda e BV de 17 anos, que começa um canal no Youtube fingindo ser Juju Guru, conselheira de sexo, assunto que ela não entende.
Alisson, também preto, discrimina os colegas, sem consciência social e racial, ele aceita que os outros o tratem como marginal “apenas” por sua origem humilde e seu estilo com um bigode fininho e cabelo back power.
Já Talita é aluna nova que não se encaixa em nenhuma das turmas, nem de Doralice, nem de Alisson. Ela só se aproxima dos colegas quando os três descobrem que o colégio pode ser fechado. Os alunos entram em acordo com um secretário corrupto do governo que prometerá melhorias.
Originalmente a novela contaria com 70% de atores pretos. Quando foi cancelada, os autores explicaram a escalação inclusiva com um texto-desabafo no Instagram: “Há três anos, antes mesmo de definirmos sobre o que seria a história, traçamos uma premissa: precisamos nos ver nela. Queríamos olhar pelo portão, ver as pessoas subindo o morro e pensar: nossos personagens, com seus dramas, poderiam estar subindo essa ladeira. Apresentar isso para milhões virou nosso sonho..mas a vida é desafio, e nosso sonho continua. Um sonho que não é só de nós dois, nem só da equipe, nem só do elenco. Sonho dos que vieram antes de nós e nos abriram caminho. Sonho de Ruthes e Otelos. Sonho de Zezés e Miltons. E de milhões de brasileiros…o sonho da tela da TV ser menos janela e mais espelho. Menos janela pra um Brasil de bairro nobre de Rio ou São Paulo e com cor de Suíça. E mais espelho de nós mesmos, do Brasil real Um Brasilzão grande e complexo. Cheio de dor e alegria, miséria e irreverência. E cor. Muitas. Todas…não temos a pretensão de herdar o anel de bamba dos gigantes que vieram antes de nós. Mas, assim como tantos outros, assumimos a responsabilidade de atender ao pedido final de muitas e muitas gerações: a de não deixar nosso samba morrer. Nem nossos sonhos”, escreveram Eduardo e Marcos.
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