Unidos de Padre Miguel reclama de falha sonora e pede ajuda de escolas em plenária
A UPM emitiu novo posicionamento antes de plenária

Em nova nota divulgada nesta terça-feira (11/3), a Unidos de Padre Miguel, escola de samba rebaixada no Grupo Especial do Rio de Janeiro revelou que foi prejudicada por uma falha sonora de mais de 17 minutos na Sapucaí antes de desfile. Além disso, a UPM, como é tradicionalmente conhecida, também convocou a escolas a apoiarem durante plenária que pode reverter perda de pontos no quesito samba-enredo após uma juíza reclamar de frases em iorubá, acusando-a de preconceito linguístico.
“A Escola foi severamente prejudicada por uma falha técnica de som que durou longos e inaceitáveis 17 minutos, comprometendo diretamente a execução do desfile e a avaliação de quesitos essenciais como harmonia, evolução, bateria, mestre-sala e porta- bandeira e comissão de frente. Essa falha gravíssima e sem precedentes, teve impacto direto na performance de nossos componentes, o que não ocorreu com nenhuma outra agremiação.
Até o momento, seguimos sem acesso ao laudo técnico da sonorização da Avenida, documento crucial para esclarecer os fatos e garantir a transparência que o espetáculo do Carnaval exige.”
A entidade ganhou apoio do presidente da Liga Independente das Escola de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), Gabriel David, que concordou que o julgamento foi preconceituoso.
Veja as fotos
” (…) a Escola foi alvo de um ato de intolerância religiosa inaceitável. Um dos jurados, sob a alegação de “excesso de termos em iorubá” no samba-enredo, penalizou a UPM de forma discriminatória, desconsiderando a importância cultural, histórica e espiritual de nossa narrativa. O enredo da UPM celebrou a ancestralidade afro-brasileira e a herança sagrada do Candomblé, e não aceitaremos que o racismo religioso seja normalizado em um espaço que deveria ser de exaltação da diversidade. O Carnaval é a maior manifestação popular do país, um palco de resistência e celebração das nossas raízes, e qualquer tentativa de silenciamento ou apagamento cultural deve ser combatida com rigor.”
A agremiação ainda afirma que a permanência da UPM no Grupo Especial não é apenas “uma questão administrativo” e sim um “gesto de justiça e reparação”. A decisão de permanência ou não da escola no grupo especial será realizado durante uma plenária na Liesa com a presença das 12 agremiações do Grupo Especial do Rio de Janeiro, incluindo a recém-promovida da Série Ouro Acadêmicos de Niterói.
Leia a nota na íntegra
“NOTA OFICIAL
O Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos Padre Miguel vem a público expressar sua total indignação diante das injustiças que marcaram o julgamento do Carnaval 2025. A Escola foi severamente prejudicada por uma falha técnica de som que durou longos e inaceitáveis 17 minutos, comprometendo diretamente a execução do desfile e a avaliação de quesitos essenciais como harmonia, evolução, bateria, mestre-sala e porta- bandeira e comissão de frente. Essa falha gravíssima e sem precedentes, teve impacto direto na performance de nossos componentes, o que não ocorreu com nenhuma outra agremiação.
Até o momento, seguimos sem acesso ao laudo técnico da sonorização da Avenida, documento crucial para esclarecer os fatos e garantir a transparência que o espetáculo do Carnaval exige.
Além disso, a Escola foi alvo de um ato de intolerância religiosa inaceitável. Um dos jurados, sob a alegação de “excesso de termos em iorubá” no samba-enredo, penalizou a UPM de forma discriminatória, desconsiderando a importância cultural, histórica e espiritual de nossa narrativa. O enredo da UPM celebrou a ancestralidade afro-brasileira e a herança sagrada do Candomblé, e não aceitaremos que o racismo religioso seja normalizado em um espaço que deveria ser de exaltação da diversidade. O Carnaval é a maior manifestação popular do país, um palco de resistência e celebração das nossas raízes, e qualquer tentativa de silenciamento ou apagamento cultural deve ser combatida com rigor.
Não bastassem esses pontos centrais, houve incoerências evidentes no julgamento de outros quesitos e punições desproporcionais se comparadas a outras escolas.
Reconhecemos o compromisso já manifestado pela Presidência da LIESA em convocar uma plenária para discutir essa situação e reforçamos a necessidade de que essa reunião ocorra com a máxima urgência. A justa avaliação dos recursos da UPM não apenas corrigirá uma grande injustiça, mas também fortalecerá a credibilidade do Carnaval.
A manutenção da Unidos de Padre Miguel no Grupo Especial não pode ser vista apenas como uma mera questão administrativa, mas sim como um gesto de justiça e reparação. O Carnaval pertence ao povo, e a força da comunidade já demonstrou que não aceitará arbitrariedades. Corrigir esse erro não é apenas um dever para com a UPM, mas uma ação essencial para restaurar a confiança na lisura dos desfiles e reafirmar a Sapucaí como o templo da cultura e da igualdade.
A voz das arquibancadas já ecoou, e agora cabe à LIESA e suas agremiações, ouvirem o chamado da verdade. A Unidos de Padre Miguel reitera sua luta por um julgamento justo, coerente e transparente, e seguirá utilizando todos os meios legais para garantir que a verdade prevaleça.
O que aconteceu em 2025 não pode ser esquecido nem repetido. Os 17 minutos de silêncio impostos à nossa escola ecoam até hoje, e enquanto houver injustiça, nossa voz não se calará!
Danilo Bispo Machado
OAB/RJ 150.362
GRES. Unidos de Padre Miguel”
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